Um modelo que está sendo desenvolvido em pequenas e grandes cidades como Porto Alegre e São Paulo, que aproveitam áreas dentro de apartamentos, varandas e terraços de prédios para produção de alimentos está sendo projetado para atender as zonas periféricas em grandes áreas ociosas em Gurupi.
por Wesley Silas
A 150 metros da Avenida Goiás, Eduardo Ferreira Gomes, 63 anos, e sua esposa Terezinha Nunes Gomes, 58 anos, estão há cinco anos trabalhando com produtos orgânicos na esquina da Rua 01 com a Avenida São Paulo numa área de 4.000m², oferecendo à sociedade alimentação fresca, saudável e barata.
“Trabalhamos com água da cisterna, não usamos agrotóxico e tenho um pouco de cada coisa, como alface, cheiro verde, couve, rúcula, milho, mamão, banana, feijão de corda”, disse Eduardo Ferreira.
Ele relata que quando chegou ao local a área servia para depósitos de lixo e aninais mortos e hoje se tornou em um espaço produtivo, onde ele e sua esposa destinam parte dos produtos ao programa Compra Direta e o restante ele comercializa no local em que produz.

“Eu vendo para compra direta do Ruraltins e entrego nas creches, Apae, Casa do Idoso e nas escolas, também vendo na porta e não sobra para levar para as feiras”, relata o produtor.
Ao contrário do pouco espaço das grandes cidades, em Gurupi existem várias áreas ociosas que deverão participar do Plano de Trabalho de Agricultura Urbana que será administrado pela Secretária Municipal de Produção e Meio Ambiente. O projeto foi idealizado pela Engenheira Agrônoma, Marilene Alves Ramos Dias, com apoio do Diretor de Políticas Públicas da Prefeitura de Gurupi, Jonas Barros.

“A finalidade do projeto agricultura urbana visa mudar o cenário de áreas ociosas no município, promovendo o desenvolvimento sustentável, com geração de emprego, renda e a melhorias na alimentação e ambiente limpo”, explica Jonas Barros.

De acordo com Barros, o prefeito Laurez Moreira deu total apoio para colocar o projeto em prática e para que o programa tenha sucesso o município irá entrar com a contrapartida com a limpeza do terreno, correção e preparo do solo e apoio no plantio das da culturas do milho, feijão, mandioca e hortaliças.
“Todos saíram ganhando, pois o projeto contribuirá com a limpeza dos espaços urbanos em desuso que muitas vezes utilizados para acúmulo de lixo, os moradores que conseguirem produzir seus alimentos passarão a contar com nova fonte de renda e o proprietário terá seu terreno limpo e valorizado”, afirmou prefeito Laurez Moreira.