Por Wesley Silas
O prefeito de Peixe, Cezinha (MDB), ao ignorar críticas, abriu mão de uma valiosa oportunidade de engajar-se em um debate público e abordar os problemas da cidade de forma construtiva. Recentemente, alguns moradores decidiram espontaneamente reparar buracos nas vias públicas. Em resposta, Cezinha assegurou que já havia planos para uma recuperação definitiva das áreas afetadas por infiltrações na pavimentação urbana. No entanto, escolheu adotar um tom agressivo, ameaçando os cidadãos com ações judiciais, promovendo assim um ambiente de hostilidade e intolerância ao contraditório.
Durante os protestos, o prefeito classificou o ato dos moradores como “vandalismo”, argumentando que o cascalho solto poderia aumentar o risco de acidentes. Ele anunciou que tomaria medidas legais contra aqueles que participaram da intervenção.
No mesmo dia, uma Ação de Obrigação de Fazer foi apresentada no Poder Judiciário de Peixe contra os empresários Jhoani Rogeri Torres Menegon e Ernande de Oliveira Alves, tratando o protesto como uma “intervenção indevida na gestão municipal”. O documento alegava que a ação dos cidadãos poderia elevar os custos do reparo, atrasar a execução das obras e comprometer a segurança pública, especialmente durante períodos de chuva.
No contexto de seu segundo mandato, o prefeito Cezinha deveria acolher as críticas de forma positiva, esclarecendo sua posição de maneira calma e transparente. Ao invés de fomentar divisões, ele poderia se posicionar proativamente para reconquistar a confiança do eleitorado, promovendo um diálogo aberto e transparente, alinhado aos princípios democráticos e republicanos. Essa abertura para o debate contribuiria para uma melhor gestão e prestação de contas perante a comunidade.