A expansão do agronegócio no Estado caminha para superar a crise de geração de empregos no Estado do Tocantins e sair da dependência do poder público e de grandes obras federais como aconteceram nas construções de hidrelétricas e da ferrovia Norte-Sul.
por Wesley Silas
Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que nesta última década, o ano que mais gerou emprego foi 2011, quando a construção da ferrovia Norte-Sul estava em pleno vapor, e teve saldo positivo de 1.154 empregos. No entanto, o ano de 2012, quando aconteceu a finalização da ferrovia Norte-sul, aconteceu o pior saldo na geração de empregos, com 933 desempregados a mais do que os que foram empregados em todo Tocantins naquele período. Nos últimos 10 anos tiveram saldos negativos os anos de 2006 (-381), 2012 (-933), 2015 (-454) e 2016 (-162).
Outro dados curioso é o saldo de emprego em 2003, ano em que estava sendo construída a hidrelétrica Peixe Angical, que fechou com saldo positivo de 654 empregos.
Agronegócio
Dados CAGED, de setembro, mostram ainda que o setor do agronegócio vem sendo sendo a redenção na geração de emprego no Estado, onde a variação mensal mostrou que houve 776 contratações em setembro contra 636 demissões, somando um saldo de 140 empregos em um mês considerado fraco para o setor que deverá ganhar força, caso coloquem em prática ações como Prodoeste, Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste do Tocantins que prevê empréstimo de US$ 99 milhões para irrigar 26 mil hectares no estado, aproveitamento do potencial agropecuário do Matopiba (região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e, para a reabilitação econômica da região Sul do Tocantins, a ligação das fronteiras, via TO-500, dos Estados do Tocantins com Mato Grosso é essencial – em um momento em que este segmento aumenta, ano a ano, o número de milionários no Estado.
Saldo de empregos
Dentre os 07 municípios do Tocantins com mais de 30 mil habitantes, somente dois não tiveram saldos positivos na geração de empregos: Araguatins contratou o mesmo número que demitiu e o destaque ficou para Porto Nacional que teve saldo positivo de 65 empregados.
Quando leva em conta as três maiores cidades do Tocantins (Palmas, Araguaína e Gurupi), a pesquisa de evolução de empregos formais do CAGED mostra que Gurupi foi a menos prejudicada com saldo negativo de apenas 02, entre admissionados e desligados, chegando a variação negativa de 0,02%, Palmas teve variação negativa de -0,29% e Araguaína teve saldo negativo de 133 desempregados a mais dos que foram contratados, com variação negativa de 0,51%.
Comércio
Segundo informações do CAGED, o setor de comércio foi o que mais sofreu em setembro deste ano com saldo negativo de 201 empregos no Estado. O setor de serviço teve saldo negativo de 90 desempregados a mais dos que foram empregados.