Por Redação
Inicialmente, César Trindade, como é conhecido, teve pedido de revogação da prisão negado na Justiça Federal de Araguaína. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também negou, no dia 24 de julho, uma liminar em habeas corpus. A decisão foi da presidente, a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Agora, a decisão é no mérito do habeas corpus impetrado no TRF1 pelo advogado Edgar Mondadori. Com a decisão, o tribunal deve expedir de imediato a ordem de soltura. Ele está preso no presídio Barra da Grota, em Araguaína.

“Márcio César Trindade de Oliveira teve o seu direito constitucional garantido para responder o processo em liberdade. Diante da manutenção ilegal da prisão preventiva, foi impetrado HC no TRF1. Os argumentos da defesa foram acatados pela 4ª turma para conceder a ordem de liberdade provisória. Agora, a defesa aguarda a expedição do respectivo alvará de soltura, bem como, o seu cumprimento, para que dentro do processo possamos comprovar sua inocência, diante de todas as infundadas acusações“, afirmou o advogado Edgar Mondadori.
A Polícia Federal coloca o empresário César Trindade no núcleo composto por narcotraficantes nacionais que compram e escoam cocaína internalizada no Brasil em um avião atribuído ao empresário, apontado como suporte direto ao suposto chefe da organização criminosa, Paulo Márcio Ribeiro Santos.
De acordo com a investigação, as empresas dele ocultam e dissimulam propriedades de bens comprado por meio do tráfico de drogas e agiotagem, registrando veículos e aeronaves em nome do sobrinho dele, outro investigado, Kellver Paulo Oliveira Santana, 32 anos. A Polícia Federal aponta movimentação de mais de R$ 10 milhões na conta desse sobrinho entre 03 de janeiro a 02 de julho do ano passado, por meio de uma das empresas. O valor é “incompatível” com o perfil econômico, segundo os investigadores.

Investigações
As investigações iniciaram-se em novembro de 2020 com a apreensão de 815kg de cocaína, na cidade de Tucumã/PA pela Polícia Militar do Estado do Pará, após troca de informações com a Delegacia de Polícia Federal em Araguaína/TO.
De acordo com trabalhos investigativos, indica-se que a organização criminosa investigada adquiria cocaína de fornecedores localizados na Bolívia e Peru e realizava o transporte por meio de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos Estados do Pará, Tocantins e Maranhão, sendo as capitais nordestinas tais quais: São Luís/MA, Teresina/PI e Fortaleza/CE, a princípio, o destino. No entanto, a investigação não descarta que a droga também tenha tido como destino países da Europa.
Diante da situação, os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação, financiamento e tráfico internacional de drogas, organização criminosa internacional, lavagem de dinheiro praticada por organização criminosa, dentre outros crimes.
Fonte: Jornal do Tocantins e Polícia Federal.