Luiz Henrique Mandetta anunciou na tarde desta quinta-feira, 16, a sua saída do ministério da Saúde. A notícia foi dada no perfil pessoal do ex-deputado Federal. A exoneração saiu em edição extra no DOU.
Da Redação
“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar.”
Em coletiva de imprensa dada direto do ministério, Mandetta afirmou que deixa o ministério “com muita gratidão ao presidnte por ter me nomeado e deixado nomear servidores.
“Deixo o ministério, mas sei que deixo a melhor equipe. Trabalhem para o próximo ministo tal qual trabalharam para mim. Ajudem, não meçam esforços. Lutamos um bom combate. Ministros passam, o que fica é o trabalho do servidor do ministério da Saúde.”
Já Bolsonaro, em pronunciamento oficial, disse que a saíde de Mandetta foi “um divórcio consensual”. Afirmou ainda que a saúde está acima de ambos e que, “quando falamos em saúde, não podemos deixar de falar em emprego”.
Luiz Henrique Mandetta comandava o ministério da Saúde desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. Mas há semanas que o presidente Jair Bolsonaro têm se manifestado (e atuado) em desecardo com as orientações dadas pelo ministério quanto ao enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Em pronunciamento para todo o país, defendeu que autoridades estaduais e municipais abandonem o “conceito de terra arrasada”, com proibição de transportes, comercio fechado e confinamento em massa: “O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas?”.
O oncologista Nelson Teich se reuniu de manhã com Bolsonaro, e assumirá a pasta. Bolsonaro afirmou na coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 16:
“Conversei com o dr. Nelson que gradativamente temos que abrir o emprego no Brasil. Governo não tem como manter este auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo. Já se gastou aproximadamente R$ 600 bi e podemos chegar a R$ 1 tri. Sei que a vida não tem preço, mas a economia, o emprego, tem que voltar à normalidade.”
Nesta quinta-feira, 16, o Brasil registra mais de 30,4 mil infectados pela covid-19 – e já ocorreram 1.924 mortes.