Vereadores rebatem críticas da prefeita de Palmas que usou o twitter para dizer que os vereadores teriam antecipado o processo eleitoral com “manobras e pensar pequeno” e considerou como retrocesso da demora de 120 dias para uma MP; enquanto os vereadores disseram que a Regularização fundiária já teria sido aprovada.
por Wesley Silas
Após assumir o cargo, a prefeita de Palmas tem seguido bem o exemplo do seu antecessor, Carlos Amastha (PSB), no uso das redes sociais para enviar mensagens/recados aos seus atuais adversários políticos, criando alarde e alimentando gigantes com os “pés de barro”. Neste caso a prefeita atacou a Câmara de Vereadores por não ter colocado em pauta a votação de duas Medidas Provisórias.
A primeira, criava a Secretaria de Regularização Fundiária e, a segunda, que a retirava a atribuição de atuar junto às feiras livres, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, repassando tal missão para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Retrocesso ?! Imagina! Convocar 3 vezes a Câmara e nem mesmo o presidente aparecer p abrir a sessão ? Aguardar 120 dias p apreciarem uma MP ? Era só votar SIM ou NÃO e justificarem os motivos. Lamentável ver os interesses pessoais acima dos direitos dos cidadãos e da Capital
— Cinthia Ribeiro (@CinthiaCRibeiro) August 9, 2019
Antecipar processo eleitoral, jogar contra os interesses públicos e achar q o eleitor não está atento às manobras é pensar pequeno. Ainda bem que existem as exceções. Parabenizo os vereadores q entendem a responsabilidade do mandato e não fogem do compromisso com a população.
— Cinthia Ribeiro (@CinthiaCRibeiro) August 9, 2019
As respostas dos vereadores foram dadas na tribuna da sessão ordinária de terça-feira, 13, com duras críticas a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB).
Os parlamentares foram unânimes em afirmar que o fato da Prefeitura não ver votada as Medidas Provisórias não a impedem de dar prosseguimento à regulamentação fundiária na cidade de Palmas. O presidente da Câmara, o vereador Marilon Barbosa (PSB), cobrou mais diálogo com o parlamento por parte da prefeita. “A prefeita nunca me recebeu e nem tampouco ninguém dessa Casa, sequer responde as mensagens que lhe são enviadas. Como pode uma pessoa querer governar individualmente uma cidade? e mais: jogar o povo contra esse parlamento? Aqui não é uma extensão do Executivo. Esse parlamento tem postura soberana. Essa Secretaria tinha como único objetivo servir como cabide de emprego e gerar despesas para a cidade”, desabafou o pessebista.
Em defesa da gestora municipal, a líder da prefeita, vereadora Laudecy Coimbra (SD), saiu em defesa do equilíbrio institucional entre os poderes e, apesar das postagens da prefeita no twitter, destacou que Cinthia Ribeiro sempre procurou manter boas relações com o Parlamento. “Existem pessoas que querem se aproveitar da situação para tirar algum proveito com a intenção de que o Executivo se desgaste com o Legislativo. É a turma do quanto pior melhor. As divergências existem, mas não irão chegar ao ponto de prejudicar o povo palmense, uma vez que o diálogo sempre vai prevalecer. Tenham certeza que estamos aqui para trabalhar por Palmas” concluiu Laudecy.
Para o vereador Rogério Freitas (MDB) faltou articulação por parte do Executivo para aprovar as Medidas Provisórias. “O parlamento é maduro, sempre colocamos em pauta os temas de interesse do povo palmense. Nós manifestamos nossos votos de acordo com nossa consciência. Então, que a Prefeitura dê um passo atrás e ouça o parlamento. Não é possível governar por Medida Provisória. Queria deixar bem claro que parceria política não quer dizer que prevaleça apenas a vontade dela”, argumentou Freitas. Logo adiante, o emedebista pontuou que o fato de criar ou não a Secretaria de Regularização Fundiária, com 21 cargos, não pode implicar na falta de ações para conceder os títulos definitivos às pessoas, mesmo porque, o projeto de regularização fundiária do município de Palmas já foi votado e aprovado pela Casa de Leis.(Com informações a Ascom/Câmara Municipal de Palmas).