A prefeita de Gurupi, Josi Nunes (PSL) mostrou indignada ao considerar “piadinhas de mal gosto, de cunho ofensivo” em uma grupos de memes no Instagram em Gurupi ao questionar sua “capacidade de trabalho como mulher”.
da redação
A prefeita chegou a afirmar que anda meio cansada com as mesmas “piadinhas” que tentam rebaixar segundo ela a capacidade das mulheres.
“Confesso que, meu nível de tolerância está baixo. Ando meio cansada, porque não percebo avanço, sabe. Sempre as mesmas “piadinhas” que nos rebaixam, que nos apequenam nas expressões misóginas”.
No final ela pediu mais respeito às mulheres e destacou o empoderamento das mulheres nas diversas áreas que atuam.
“A violência política e moral contra a mulher deve ser um tema de debate e reflexão, sim. Inclusive para mim, mas também deve ser combatida com instrumentos que nos amparam, a lei”.
Confira a nota
Mulheres, me contem. Como vocês encaram, no dia a dia, essas piadinhas de mal gosto, que dizem ser “de zoeira”, “brincadeirinha”, mas tem aquela pitada de misoginia?
Confesso que, meu nível de tolerância está baixo. Ando meio cansada, porque não percebo avanço, sabe. Sempre as mesmas “piadinhas” que nos rebaixam, que nos apequenam nas expressões misóginas.
Comentários, risadinhas e manifestações que questionam a nossa capacidade como pessoa e como mulher, dizem mais respeito sobre a pessoa do que de nós mesmos.
O pior é que essas situações são reproduzidas e multiplicadas inúmeras vezes, validadas pelos “kkkkk’s” inclusive por mulheres.
Circunstâncias que já me fizeram repensar por diversas vezes se vale a pena continuar. Hoje, não mais.
Nós, mulheres, somos tão capazes quanto os homens de gerir uma casa, uma empresa, uma fábrica ou um município.
Hoje, mais do que em todos os mandatos anteriores, sei da minha capacidade de gerir um município, com todos os entraves e desafios que se apresentam diariamente. Fui eleita democraticamente e tenho um compromisso com os cidadãos e cidadãs de Gurupi, tal qual o legado deixado pelo meu pai e minha mãe.
Se tem uma lição que aprendi nos anos de trajetória política, foi estabelecer diálogos, articular interesses em defesa da coletividade. Ninguém governa sozinha, política se faz com união, parcerias e muito diálogo, a população merece.
A violência política e moral contra a mulher deve ser um tema de debate e reflexão, sim. Inclusive para mim, mas também deve ser combatida com instrumentos que nos amparam, a lei.
Sigo minha caminhada, graças ao apoio e a parceria não só de homens, que são maioria na política, mas cercada e inspirada por grandes mulheres.