Na tarde desta segunda-feira, 29, alunos do curso de medicina da Universidade de Gurupi (Unirg) fizeram uma manifestação em defesa de melhorias no curso, dentre elas contratação de professores especialistas, melhorias nos laboratórios e garantia de internatos. Em nota a Unirg defendeu o diálogo e comunicou que “nem a Fundação, Reitoria ou a coordenação do curso foram informadas” sobre as reivindicações.
por Wesley Silas
Com cartazes e músicas de protestos com batucada e apitaço os acadêmicos chamaram atenção em protesto que houve várias demandas, dentre elas a mudança do edital para contratação de professores especialistas.
“Estamos reivindicando a mudança no Edital que a Unirg abriu para contratar professores para fazer parte do quadro efetivo que não condiz com a qualidade de ensino que a gente deseja. Neste Edital que foi aberto alguns profissionais que serão contratados para dar aulas em algumas matérias específicas como infectologia, urgência e emergência e reumatologia necessitava de contratar professores, como faz outra universidades, de especialistas na área de atuação, enquanto a nossa Universidade pediu uma especialização generalista da saúde, ou seja, como exemplo, um professor que é especialista na saúde do idoso estaria para dar aula de urgência emergência, infectologia e endocrinologia para gente. Isso contribui com a qualidade deficitária do ensino enquanto a Universidade preza pela qualidade do ensino”, disse o Bruno Santiago, acadêmico do terceiro período do curso medicina da Unirg.
Em nota, o presidente da Fundação Unirg, Thiago Benfica, afirmou “que a ação ocorreu sem formalização prévia das reivindicações por parte dos estudantes. Até o momento, nem a Fundação, Reitoria ou a coordenação do curso foram informadas”, disse.
“As reclamações sobre o concurso público para provimento de vagas nos cargos de professor do magistério superior da Instituição, o presidente da Comissão de Organização do Concurso Público, Dr. Marllos Peres de Melo, relatou que o perfil de vagas ofertadas no edital, foi construído juntamente com os conselhos de cursos e, também, aprovado pelo Conselho Acadêmico Superior (Consup). Todas as vagas e perfis foram levantados pelas comissões dos cursos, que apontaram as principais necessidades”, justificou Benfica.
Os acadêmico também cobraram melhorias no acervo da biblioteca, na qualidade dos laboratórios e ambulatórios da Unirg.
“Existem diversos outros problemas que fazem parte do curso de medicina como laboratórios deficitários usados nas aulas práticas, materiais velhos e até porque nós queremos médicos no futuro com educação de qualidade para cuidar da vida de um ser humano”, explicou o acadêmico Bruno Santiago.
Sobre a demanda citada pelo representantes do estudantes de medicina, o presidente da Fundação Unirg, Thiago Benfica, garantiu que a instituição está solucionando os problemas nos laboratórios.
“As questões da infraestrutura mencionada no manifesto, a maior parte já foi solucionada”, disse.
O alunos também reivindicaram abertura de mais locais para a realização dos internatos.
“Outro problema é a quantidade de vagas no internatos. A partir da turma 27, por exemplo, a gente não vai ter mais quantidade de vagas suficientes para comportar todos os alunos internados aqui em Gurupi, em Palmas e em Limeiras”, disse o estudante.
No entanto, o presidente da Fundação Unirg assegurou que não existe hipótese dos acadêmicos não serem assistidos.
“Em relação aos internatos, todos os contratos estão normalizados e não há hipótese dos estudantes ficarem sem realizar o procedimento por falta de vagas. A Fundação UnirG está sempre aberta para receber os estudantes e buscar soluções por meio do diálogo”, disse.