Por Wesley Silas
O vereador Vitorino Neto, que votou a favor da venda do imóvel, lembrou que já se passaram 20 anos e nenhum vereador ou prefeito defendeu emendas parlamentares para recuperar a área.
“Já passaram 45 vereadores por esta Casa de Leis e quero ver qual o vereador ou prefeito que entrou com pedido para reformar aquela quadra que está esquecida. Chega de viver dependendo de prefeitura e governo de estado”, disse o vereador.
Durante a votação o vereador, Lenilson Batista Gomes, conhecido como Índio, defendeu o valor simbólico da área onde encontra-se, em ruínas uma velha quadra de esportes em meio ao matagal.
Segundo ele, o PL nº 003/2023 tem falhas por não constar o valor inicial do leilão.
“Um leilão de um bem público tem que ter, no mínimo, um lance inicial e neste projeto não constar este valor. Por isso a minha discordância dizer também que [a redação] do projeto diz que a pessoa que comprar, o terceiro que comprar este imóvel a transferência e escritura é imediata e que no prazo de um ano a pessoa que não realizar a construção terá que devolver ao município com ressarcimento de 50%. Em todas as pesquisas na área jurídica que fiz não encontro esta legalidade”, disse.
“Esta Casa de Leis nunca rejeitou um projeto de sua autoria aqui e eu entendo e peço apoio aos colegas que não é viável aprovação desta matéria, uma vez que não vem atender os anseios da nossa comunidade”, disse o vereador ao defender a recuperação do espaço.
Ao defender o PL, o prefeito Cezinha pediu para os vereadores revisse a situação e defendeu a importância da presença da inciativa privada para o desenvolvimento da cidade de Peixe, citando a sua vocação turística. Ele defendeu que, apesar da importância simbólica da área onde muitos “jogaram de kichute ou de conga, ela teve a sua serventia social porque era a única quadra do nosso município para práticas esportivas [sic]”. No entanto, segundo ele, hoje o município oferece outros espaços para a práticas esportivas.
“Hoje nós temos inúmeras obras na frente (prioritária) do que aquela para recuperar e eu vejo aqui os colegas cobrando porque não reformam a Prefeitura velha, o Fórum antigo, a escola e um postinho. Isso tudo são obras que estão na frente a este empreendimento como por exemplo na Vila São Miguel onde temos uma quadra de esporte inacabada e o município precisa de dinheiro para dar a contrapartida. São obras mais prioridades do que esta quadra, pois, temos uma escola com seis salas que deve ser reformada, temos uma escola na Vila São José que nós como políticos temos que nos envergonhar pela situação que ela está”, disse o prefeito.
O prefeito justificou ainda a necessidade de criar um ambiente favorável a novos empreendimentos da iniciativa privada, pincipalmente os que fomentam o turismo local e o comércio.
“Muitos daqui não sabem da quantidade de jovens que estão fazendo faculdade, mas não têm um emprego e, se dermos a oportunidade para a iniciativa privada, alguém vai poder empreender e dar oportunidade para estes jovens. Dizem que não vamos resolver o problema de empregos leiloando aquela quadra, não vamos resolver mesmo, mais vamos estar iniciando porque se a tente tiver cinco ou três jovens trabalhando em nosso município é uma vantagem”, defendeu.
“Somos uma cidade turística e vejamos a quantidade de pessoas que vem nos finais de semanas e precisamos gerar oportunidade para as pessoas investirem”, arrematou o prefeito ao defender a venda da área.