Encontra-se na pauta do Tribunal de Justiça a partir das 14h desta quinta-feira, 20, o julgamento do caso de denúncias de golpe em empresários de Gurupi e Formoso envolvendo o prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner da Gráfica, o ex- Secretário Municipal de Finanças, Cloves Coelho de Melo e a ex-secretária de Ação Social, Pedrina Araújo Coelho de Oliveira no período compreendido entre novembro de 2013 e 30 de abril de 2014. Caso seja condenado o prefeito poderá ser afastado do cargo e se tornar inelegível. Confira também o posicionamento do advogado do prefeito.
por Wesley Silas
A decisão do futuro político do prefeito Wagner da Gráfica e dos ex-secretários Pedrina Araújo Coelho e Cloves Coelho de Melo encontra-se nas mãos da relatora do processo, desembargadora Célia Regina e dos desembargadores Amado Cliton e Marcos Vilas Boas.
Conforme foi noticiado no Portal Atitude no ano de 2014, os denunciados teriam cometido crimes ao desviar cheques assinados pelo prefeito Wagner da Gráfica que seriam para quitar dívidas com fornecedores como oficina mecânica e gráfica, dentre outros. No entanto, os fornecedores alegam que os pagamentos da segunda parcela nunca foram feitos. “O restante do valor do pagamento da nota fiscal retro referida não recebeu, não foi depositado em conta bancária do declarante, nem de sua empresa, também não recebeu o título e repassou a terceiros”, alega um dos prestadores de serviços ao alegar que recebeu apenas uma das duas parcelas acordada com a Prefeitura.
O caso foi denunciado no ano de 2014 pelos, então, vereadores de Formoso do Araguaia, Iracildes Maria Galdino da Silva, Jailton Mendes de Souza, João Luiz da Silva e Cleves Costa do Nascimento que na época chegaram a entrar com uma Ação Popular com Pedido de Liminar.
Ao oferecer as denúncias, a Procuradoria Geral de Justiça considerou que não resta nenhuma dúvida de que os acusados, dolosamente, prevaleceram do cargo público municipal, “inseriram informação falsa em documento público, alterando a verdade sobre fato juridicamente relevante (cometendo falsidade ideológica), e desviaram renda pública em seu benefício e/ou em benefício de terceiros, causando prejuízo à administração, de forma contínua”.
O advogado, Solano Damasceno, que defende o prefeito Wagner na Gráfica afirmou ao Portal Atitude que o gestor não praticou qualquer ato ilícito.
“O prefeito Wagner não praticou de qualquer ilícito, não recebeu para si ou mesmo desviou recurso público em benefício de terceiro. As provas nos autos indicam que eventuais irregularidades não foram praticadas pelo prefeito Wagner, que delas sequer tinha conhecimento”, disse o advogado Solano Damasceno.