A Câmara Municipal de Gurupi fechará este ano com aproximadamente R$ 7,2 milhões recebidos de transferência dos duodécimos mensais e, segundo o presidente da Casa neste momento sobra no caixa do Poder Legislativo, aproximadamente, R$ 1.5 milhão; mas, mesmo assim a Casa pouco consegue avançar na opinião de muitos gurupienses, que consideram-na, conforme a música do Cazuza um “Museu de grandes novidades”, por não conseguir sair do aluguel e fazer grandes mudanças, exceto a aquisição de veículos para os vereadores e manter as contas em dia.
por Wesley Silas
Há anos o mundo vive tempos de mudanças, muitos políticos e no mundo profissional privado caíram e os que querem sobreviver não podem mais continuar no cargo acomodados com “boca escancarada cheia de dente esperando a morte chegar”, como diz Raul Seixas na música Ouro de Tolo. Como empregado do povo, o político para continuar com a outorga concedida pelo eleitor tem a responsabilidade de aprimorar suas habilidades, conhecimento e ser solidário com as dores do povo, e assim, possa ter capacidade de ajudar a puxar para cima a qualidade de vida da sociedade por meio de bons projetos atendendo suas prerrogativas de representar os interesses da população perante o poder público, fiscalização do Executivo e transparência em seus atos.
Mas, voltando à proposta do título da matéria, está chegando o dia dos vereadores eleger entre eles quem será o próximo presidente da Câmara de Gurupi. Apesar de, praticamente, todos quererem ocupar o cargo, quatro já adiantaram que querem ocupar o lugar do atual presidente, Valdônio Rodrigues (PSB); sendo eles: o líder do Executivo, André Caixeta (PSB), Zezinho da Lafich (PRO), o ex-presidente Wendel Gomides (PDT) e o líder da oposição minoritária, vereador Sargento Jenilson (PRTB).
Mas, no “frigir dos ovos”, a disputa caminha para ser polarizada entre André Caixeta (PSB) e Wendel Gomides e, no momento, ambos dizem ter apoio da maioria. Enquanto o sargento Jenilson terá grandes dificuldade por falta de aliados. Mais uma fez a matemática da disputa à presidência da Casa nos arremete a história de um candidato a vereador em Gurupi que saiu de casa em casa com uma caderneta na mão anotando os votos que teria; mas, quando abriu as urnas foi surpreendido com o fracasso depressivo.
Moral da história:
A disputa de uma eleição para presidência da Mesa Diretora do Poder Legislativo não é diferente de uma eleição normal, onde pode ter compra de votos, persuasão e do lado positivo propostas decorosas plausíveis. Também não podemos nos esquecer que como são frutos da criação/eleição da sociedade, os vereadores são o espelho de quem eles representam, para isso bastar ver a fila de eleitores pedindo favores como pagar uma conta de energia, gás e até mesmo cervejas e carnes para churrascos para festas de aniversários, seja ante ou depois das eleições. Em meio a tudo isso, surge a velha discussão de Rousseau de que “o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe”.
“Rousseau disse que o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe. Mas essa ideia precisa de reparos: para mim, o homem nasce neutro e o sistema social educa ou realça seus instintos, liberta seu psiquismo ou aprisiona. E normalmente o aprisiona”. Augusto Cury