A deputada federal Josi Nunes(PMDB/TO) usou a tribuna durante as breves comunicações da sessão extraordinária deliberativa desta segunda-feira, 22, para falar sobre a importância das eleições municipais.
A parlamentar que participou das convenções em diversas cidades do Tocantins, reforçou a relevância do processo. “Eu quero reforçar a importância das eleições municipais, tendo em vista que as pessoas constroem suas vidas, trabalham, moram nos Municípios. É ali que as pessoas mais sentem o efeito de uma boa ou má administração. Por isso a relevância desta eleição. No meu Estado, eu estou participando do processo eleitoral. Tive a honra de estar presente em 19 convenções e em 6 reuniões políticas. Busquei participar do maior número de convenções. Quando não pude comparecer, enviei parceiros. No total, prestigiamos 40 Municípios”, destacou.
Na ocasião, Josi fez uma observação no que tange a participação das mulheres no processo eleitoral salientando as dificuldades enfrentadas pelas candidatas. “Eu quero fazer uma observação recorrente sobre a participação das mulheres nas eleições em todos os lugares. No Tocantins, persiste a dificuldade de encontrar mulheres candidatas. A chamada cota eleitoral de gênero determina que cada partido ou coligação preencha o percentual mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. No entanto, todos nós sabemos que isso não garante a eleição de mulheres, tampouco resolve a desigualdade existente nesse espaço ainda predominantemente masculino”, argumentou.
Para a deputada, as dificuldades de participar de uma campanha eleitoral são muito maiores para as mulheres do que para os homens. “Isso faz com que muitas se sintam desestimuladas, desacreditadas e não queiram participar do processo político. Aliás, muitas só entram no processo eleitoral para o cumprimento dessa cota de gênero”, acrescentou.
A peemedebista relembrou que a Reforma Política realizada pela Câmara Federal teve a oportunidade de amenizar a desigualdade de gênero. “ A Câmara Federal discutiu uma reforma política que trouxe um tema importante: a reserva de 10% das vagas em todo o Legislativo nacional para as mulheres. Infelizmente essa matéria não foi aprovada, mas nós estamos discutindo-a novamente em uma Comissão Especial”, ressaltou.
Ao finalizar, Josi propôs aos colegas, uma reflexão sobre a importância das cotas. “É importante que esta Casa faça uma reflexão sobre este tema; que tenha uma atitude positiva; que faça uma mudança, aprovando a lei de cotas; e que garanta não somente as candidaturas, mas também um percentual mínimo de mulheres eleitas, conforme processo político. Temos que mudar. Não podemos continuar apenas com essa quantidade de mulheres participando do processo político ou colocando seu nome como candidata simplesmente ao preenchimento de cotas”, completou.