Na reunião com professores do curso de medicina para esclarecer sobre a implantação do ponto eletrônico, o presidente da Fundação Unirg, Sávio Barbalho, disse que o processo de implantação do ponto eletrônico vem sendo discutido desde 2015 e que as Instâncias da Instituição, sejam sindicais ou mesmo acadêmicas, foram chamadas a contribuir, em que pese o posicionamento em contrario. Para ele, a medida visa qualificar ainda mais o serviço que é prestado a comunidade acadêmica. A reunião aconteceu depois que a Apug noticiou que vai a Justiça para anular derrubar a portaria 1173/2017 da Fundação Unirg sobre ponto eletrônico.
por Giselli Raffi – Jornalista
Atendendo ao convite dos coordenadores do curso de Medicina da UnirG, representantes da Fundação e Centro Universitário UnirG participaram ontem, 23, de uma reunião para esclarecer sobre a implantação do ponto eletrônico. A reunião ocorreu no campus II e conto com a participação de cerca de 10 professores do curso.
Entre os presentes estavam o Presidente da Fundação UnirG, Sávio Barbalho, a Reitora do Centro Universitário UnirG, Drª Lady Sakay, a Pró-Reitora de Graduação e Extensão, Drª Marcilene de Assis, a procuradora da UnirG, Nair Caldas, a gestora do Departamento de Recursos Humanos, Aline Neves e o gestor do Núcleo de Tecnologia e Informação, Walter Coelho.
O objetivo da ação foi debater a implantação e esclarecer dúvidas sobre a implantação do registro da identificação biométrica. A exigência passa a vigorar para os professores a partir de 02 de março.
Na ocasião o coordenador, professor Gustavo Von Glen, expôs alguns questionamentos, em vista da particularidade dos profissionais do curso.
“A carga horária do professor médico é diferenciada em relação aos demais colegas de outros cursos. A obrigatoriedade do registro pode dificultar o andamento das aulas tendo em vista esta realidade”, justificou.
Segundo a Reitora, ela entende a particularidade da jornada de cada professor, porém com esclarecimento é possível cumprir a exigência da regularidade do ponto eletrônico.
“Cada curso tem suas necessidades que precisam ser informadas ao Departamento de Recursos Humanos para atender as demandas de todos os cursos. As aulas teóricas ministradas em sala de aula precisam ser registradas e efetivadas, e assim, garanta o cumprimento da carga-horária acadêmica e mesmo daquela que o professor encontra-se obrigado”, relatou Sakay.
Para Sávio Barbalho esse processo vem sendo discutido desde 2015. As Instâncias da Instituição, sejam sindicais ou mesmo acadêmicas, foram chamadas a contribuir, em que pese o posicionamento em contrario. A medida visa qualificar ainda mais o serviço que é prestado a comunidade acadêmica.
“Também entendo que cada curso tem sua particularidade. Haverá a flexibilidade para cada justificativa, desde que a carga-horária seja cumprida conforme registro informado. Em todos os casos há exceções, mas não posso é estar constantemente explicando ao Ministério Público a reclamação de um aluno por falta de aula ou de integralização de sua carga-horaria acadêmica, sem ter embasamento para tal”, avaliou o presidente.
Barbalho disse inda que esta primeira fase servirá de grande experimentação e as diversas variantes que venham a surgir serão tratadas com razoabilidade e flexibilidade. A instauração do ponto eletrônico não se trata de uma penalidade, mas de um aperfeiçoamento ao serviço de qualidade que já é realizado.
“Estou tranquilo quanto ao possível debate no campo jurídico, pois a matéria foi precedida pela procuradoria da UnirG. Contudo, qualquer ordem judiciária que seja determinada será cumprida, mas acredito que não ocorrerá”, finalizou Sávio Barbalho.