A justiça concedeu a liberdade provisória para o servidor da Secretaria de Segurança do Tocantins, que foi preso suspeito de corrupção passiva durante uma ação da Corregedoria da Polícia Civil no município de Gurupi. “Entendemos que existem provas ilícitas”, destacou um dos advogados de defesa do policial.
Por Régis Caio
O policial civil foi preso no dia 04 de julho em Gurupi suspeito de cobrar dinheiro de uma vítima para concluir uma investigação sobre o roubo de máquinas agrícolas. “Ele ainda chegou a receber R$ 8 mil da vítima”, informou a Secretaria de Segurança Pública na época da prisão. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão de aparelhos celulares do policial.
Nesta semana, a justiça concedeu a liberdade provisória ao acusado “Calca-se o pedido na argumentação de que o investigado Réu primário possui domicílio no distrito da culpa e exerce ocupação lícita, de sorte que estão presentes os requisitos de ordem subjetiva para que possa responder em liberdade aos termos da ação penal”, destacou na decisão o juiz de direito Adriano Morelli.
“Diante do Exposto, e por tudo mais que dos autos consta, DEFIRO ao Representado o benefício da LIBERDADE PROVISÓRIA, mediante o compromisso de comparecer a todos os atos de termos do processo, bem como de não adentrar em quaisquer estabelecimentos da Secretaria de Segurança Pública sem que seja convocado, ou de manter comunicação de qualquer natureza com os seus colegas de repartição, sob pena de revogação do benefício. Intimem-se e notifiquem-se todos os interessados sobre o teor da presente decisão”. Reforça a decisão judicial.
Defesa
A defesa do acusado alega que houve provas obtidas de maneira ilícita e que o servidor é inocente. “Nosso cliente nunca teve nenhum procedimento contra ele durante seus anos de serviço público, e entendemos que algumas provas foram de forma ilícita, e impetrados habeas corpus questionando a ilegalidade. Vamos provar isto no decorrer da ação penal”, destacaram os advogados de defesa.