A ocupação de terrenos baldios para transformar em fonte de alimentos faz parte da cultura popular das cidades do interior e das periferias das grandes cidades. Em Gurupi, o senhor Francisco, conhecido como Chico Gambira, tomou uma atitude agressiva no sentido de evitar depósitos de lixo no lote em que ele planta mandioca ao colocar uma placa com a frase: “Atenção: quem jogar lixo neste lote é corno”, localizado próximo ao um Motel da cidade.
Em um quarteirão da Avenida Sergipe, próximo a BR-153, dois lotes mostram a preocupação dos donos em proteger a plantação e combater da falta de consciência de alguns moradores que jogam lixo nos lote baldios. Para isso, Chico Gambira resolveu atacar na ferida e a honra das pessoas que temem ter galhadas na cabeça, ou seja, o velho e histórico chifre presente em muitas músicas sertanejas de cornos, em plena época de “cornitudes” de traições virtuais.
Em outro lote, o morador sentiu prejuízos no plantio de milho, feijão e alface depois que funcionários da prefeitura de Gurupi colocou veneno na calçada do seu lote, com o pedido: “Não jogue veneno”.
Nossas origens…
Assim como os índios plantavam suas roças nas margens dos rios, a tradição de transformar espaços ociosos em fonte de alimentos chegou nos centros urbanos junto com a evolução do êxodo rural. Tal cultura, faz lembrar a tese do escritor Moura Lima, quando ele defende a composição gramatical Gu= líquido, água, rupi= preposição pelo + caminho da roça, em razão de os índios Timbira (tronco tupi) plantarem a margem do rio. Para o escritor, a Capital da Amizade para ser “diamante puro” teria que ser outra palavra do tupi, como, por exemplo: ITABERABETÊ, que quer dizer o verdadeiro diamante puro.