Furo em escalas de plantões, partos feitos sem obstetra em pronto Socorro com risco de infecção hospitalar, conforme denunciou um médico do Hospital Regional de Gurupi ao Portal Atitude no dia que antecedeu a virada do ano. Enquanto isso, nas pequenas cidades como Palmeirópolis, o recessos de atendimento em Unidades de Saúde e falha no atendimento do Hospital Municipal Francisco Macedo são exemplos de descasos na saúde que atinge um dos pontos mais fracos da sociedade em momentos de fragilidades do ser humano.
por Wesley Silas
Sem atendimento no Hospital Municipal Francisco Macedo, moradores de Palmeirópolis estão sendo obrigados percorrerem mais de 200 quilômetros para serem atendidos no Hospital Regional de Gurupi que também enfrenta problemas de falta de médicos e furo em escalas.
“As portas do Hospital Francisco Macedo e das UBS estão fechadas há 20 dias. Tem um cartaz na porta das UBS falando do retorno dia oito, o plantão dos médicos está sendo de 96 horas ininterruptas e temos seis médicos contratados; mas, os plantões são feitos na escala para favorecer a vida dos médicos e não dos pacientes”, denuncia o vereador professor Daniel.
Segundo ele com o fechamento das UBS em Palmeirópolis, fez com que aumentasse a procura pelo hospital, sem contar a falta de produtos básicos na unidade hospitalar como lençóis e papel higiênico.
“Não foi disponibilizado nem um técnico de enfermagem das UBS para auxiliar a demanda de atendimento no Hospital Francisco Macedo. Foi dado recesso coletivo aos técnicos das UBS, enquanto o hospital continua com o mesmo número de servidores atendendo um público triplicado nestes últimos dias. Durante uma visita que fizemos (vereadores Professor Daniel e Arara) ao hospital no dia seis de janeiro após tantas reclamações das pessoas que precisam de atendimento naquele hospital, detectamos que ali falta o básico como papel higiênico, lençóis, cobertores e cadeiras para acompanhantes descansar. Resumindo, a saúde de Palmeirópolis é um descaso e a população tem passado por momentos de muita aflição, pois aqui não se faz nem um procedimento cirúrgico”, disse o professor e vereador.
Outra denúncia grave, segundo o vereador, foi a determinação do secretário de saúde para evitar encaminhar pacientes para Gurupi para diminuir consumo de combustíveis da ambulâncias.
“Um servidor que não pode ter o nome identificado nos disse que o prefeito e o secretario orientou para reduzir os encaminhamentos para Gurupi para economizar petróleo. Aqui a situação esta tão critica que o Hospital não tem soro antiofídico, houve casos de pessoas que foram picadas por escorpião ter sido obrigada a se deslocar para o Hospital Regional de Gurupi a 200 km, para tomar o soro”, disse.
Segundo o vereador, no sábado não havia nenhum médico na unidade hospitalar.
“Visitamos e o médico tinha saído para jantar, a enfermeira e diretora, o secretário também não estava lá, inclusive chegou uma criança vomitando muito e segundo a recepcionista o medicamento que foi aplicado foi orientado pelo médico via telefone, enquanto estava fora jantando”, denunciou o vereador.
A reportagem do Portal Atitude não conseguiu contato com o Secretário de Saúde de Palmeirópolis, mas reserva o espaço para se posicionar.