Claudio retornou nesta semana para expor resultados de uma avaliação. Inovar o segmento do comércio, como por exemplo, com a criação de um aplicativo que integre comerciante e consumidor e desenvolver o turismo sustentável durante o ano todo em Peixe, integrando rio, cidade e arquipélago tropeço, foram alternativas apresentadas pelo especialista.
Por: Philipe Ramos
Entidades como ACIG (Associação Comercial e Industrial de Gurupi), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Tocantins), Fieto (Federação das Indústrias do Tocantins) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Indústrias) estão unidas pensando a vocação econômica de Gurupi para trabalhar no desenvolvimento da região. Uma consultoria foi contratada pelo Sebrae que apresentou ideias na manhã desta sexta-feira (8) em reunião na sede da ACIG.
O especialista em Inovação e Desenvolvimento Regional, Claudio Forner, esteve em Gurupi no mês de julho. Além de atender a maior cidade da região Sul do Estado ele está auxiliando a Prefeitura de Peixe num projeto de turismo sustentável.
Claudio retornou nesta semana para expor resultados de uma avaliação. Inovar o segmento do comércio, como por exemplo, com a criação de um aplicativo que integre comerciante e consumidor e desenvolver o turismo sustentável durante o ano todo em Peixe, integrando rio, cidade e arquipélago tropeço, foram alternativas apresentadas pelo especialista.
O evento contou com a participação do superintendente do Sebrae Tocantins, Omar Antônio Hennemann e do presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni. Cláudio Forner ficou de retornar a Gurupi e Peixe em janeiro de 2018 para dar prosseguimento ao projeto.
Desenvolvimento econômico de Gurupi
O Presidente da ACIG, Adailton Fonseca, explicou que a entidade provocou o Sebrae para realizar o estudo sobre o desenvolvimento econômico de Gurupi. Foi contratada a consultoria de Forner. A vocação econômica apresentada pelo especialista está centrada no setor de comércio e serviços com a proposta de se agregar tecnologia. “A gente sabe fazer (varejo), mas o varejo mudou e a proposta é usar tecnologias e informações para otimizar os nossos negócios. Para conectar os negócios. Saber os comportamentos do consumidor. As informações serão usadas por cada empresário nas suas decisões gerenciais, de onde abrir um novo negócio, que horas ele deve funcionar, quando ele deve ter mais funcionários”, detalhou Adailton.
“O aplicativo é um passo a frente. O comerciante vai ter que alimentar o sistema e ter de volta informações que vão ajudar muito ele”, complementou o Presidente da ACIG.
O especialista Claudio Forner contou que avaliou o potencial da cidade e fez análises em relação ao futuro. Assim, ele conseguiu identificar a força do comércio e serviços para a geração de emprego e renda no Município. “Este varejo funciona de maneira assimétrica. Volto a Gurupi no intuito de mostrar aos empresários que a simetria, o contrário do que está acontecendo agora, pode gerar mais competitividade a partir de algumas conexões”, explicou Cláudio.
O principal propósito é colocar Gurupi como referencial regional, de acordo com Cláudio. “Uma ideia que no futuro vai harmonizar a relação dos consumidores entre consumidores, integrando os empresários, e, o somatório dessa integração entre empresário do varejo e serviços junto com os consumidores gera um ganho de competitividade muito maior”, frisou.
Peixe
O trabalho no Município de Peixe se diferencia ao realizado em Gurupi porque depende da Prefeitura do Município, que já está empenhada na causa. “Peixe é um trabalho mais demorado porque ele trabalha diretamente com o meio ambiente, trabalha o convívio das pessoas com o rio e ter uma alavancagem para promover um desenvolvimento nas comunidades mais carentes, àqueles que estão marginalizados do processo econômico”, informou.
Claudio trabalha sob a perspectiva da sustentabilidade. O projeto necessita de leis específicas e esforço governamental para disciplinar a atividade turística e transformar a realidade do local. “Estamos construindo lá algo que vai dignificar a região como um todo, vai se valorizar o atrativo e qualificar toda prestação de serviço na área de turismo e meio ambiente”, disse.
Ele critica a ausência de um projeto sustentável, que vê a praia apenas como um espaço para shows. “Nós vamos harmonizar a visita, não vai ser mais uma casa de shows. Hoje se observa o Rio e a Praia como sendo um palco. Numa visão mais longeva de sustentabilidade não é assim que se faz as coisas, ainda que tenha a diversão, o entretenimento, tem maneiras e maneiras de fazer entretenimento. O local mais adequado não é em cima de berçário de tartaruga, em cima da contaminação do rio que compromete uma geração futura”, ressaltou.
“A gente quer agregar valor à questão turística, à questão da pesca turística e também criar um espaço adequado para shows e para festas que possam conviver com a cidade sem degradar o meio ambiente que é um recurso que a gente tem a responsabilidade de guarda-lo e preserva-lo para a geração futura”, finalizou.