Dona Benvinda Braz Nunes, 82 anos, mora sozinha em uma casa no Centro de Gurupi e foi surpreendida nesta segunda-feira, 29, ao ter o fornecimento de energia da sua residência cortada. “Eu gosto de pagar as minhas contas, mas esta ai eu não quero saber porque não fui eu que gastei”, reclama a idosa.
por Wesley Silas
Familiares da idosa, Benvinda Braz Nunes, 82 anos, procurou o Portal Atitude para denunciar o aumento que teve na conta de energia elétrica de sua residência e ainda teve o seu nome incluído no cadastro negativo do Serasa.
“Eu tenho uma geladeira e um ar condicionado, mas eu não ligo porque faz barulho e faz mal para minha saúde”, disse a aposentada.
No histórico das contas apresentadas pela idosa ao Portal Atitude mostra que a residência consumiu em janeiro 140KWh, em fevereiro 106KWh e em março saltou para 4.120KWh, mas, em abril o consumo voltou para média de 100kWh. Em março de 2016 o consumo da idosa foi 131KWh e nos últimos 12 meses, exceto o mês de março de 2017, o consumo variou entre 106KWH a 176KWh. Ainda conforme a extrato da conta da dona Benvinda o valor do KWh do mês de março foi de R$ 0,52574 e somado o consumo o valor chega a R$ 2.166,04 e somado ao adicional da B. Vermelha R$ 40,09, a contribuição de iluminação pública R$ 21,91 e as alíquotas de 25% de ICMS R$ 768,59, com 0,5771% de PIS R$ 17,74 e 2,6644% de CONFINS R$ 81,91 chega o montante de R$ 3.096,00.
“O valor é muito alto e não fui eu que gastei esta energia e gosto de pagar as minhas contas, mas esta ai eu não quero saber porque não fui eu que gastei e eu não fiz festa, não tive visitas para dizer que tinha muita gente na minha casa”, explica dona Benvinda.
Segundo a idosa, em março ela solicitou à Energisa averiguar a variação de consumo registrada na fatura e a empresa chegou a retirar o medidor para averiguar, mas concluiu como improcedente sua reclamação, pois segundo, laudo da empresa “não foi constatada nenhum defeito no medidor ou erro de leitura, logo o aumento no consumo noticiado pelo consumidor se deu por fatores alheios à fornecedora”, aponta o documento apresentado pela empresa, que substitui o medidor e no mês seguinte o consumo voltou à normalidade.
Conforme documento da Energisa, foi proposto à aposentada, que recebe um salário mínimo, parcelamento de 30% do valor da fatura, correspondente a R$ 928,88 como entrada e o restante do valor dividido em até 06 vezes de R$ 361,23.
Não concordando com o laudo e com a proposta da Energisa, dona Benvida disse que apresentou reclamação no Procon que apenas sugeriu o parcelamento do valor e por não ter condições de pagar ela entrou com reclamação na Defensoria Pública e aguarda por uma resposta urgente, para que a energia de sua residência seja religada.
O Portal Atitude tentou entrar em contato com a Energisa, mas devido ao horário não teve resposta, mas deixa o espaço para o direito do contraditório.