O vereador Valdônio Rodrigues (PSB) usou a tribuna da Câmara Municipal para convidar a comunidade a uma reunião que acontece às 19h desta terça-feira, 21, na Chácara Futrica para debater a proibição de eventos como vaquejadas como a da abertura da Expo Gurupi e a do Divino Pai Eterno no Trevo da Praia, assim como as provas de laços e de tambor, que segundo ele, já provocou grandes prejuízos para a região de Gurupi com a proibição de aglomeração de equídeos.
Organizadores e defensores de eventos que envolvem eqüídeos, como vaquejadas e provas de laços e de tambor estarão reunidos hoje em busca de uma solução para a proibição de aglomeração de eqüídeos no município de Gurupi, pela justiça que levou em consideração um portaria da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec) sobre o risco da proliferação do Mormo, doença infectocontagiosa que já motivou o sacrifício de 24 animais em propriedades do Sul do Estado.
De acordo com o vereador Valdônio Rodrigues, os animais usados em eventos como vaquejadas e provas de laços e tambor possuem exames que comprovam a não contaminação de zoonoses.
“Os animais são monitorados pelos donos e são totalmente livres de doenças que vem afetando a nossa região. A Adapec, como órgão fiscalizador, tem como monitorar os eventos, porque os animais que participam de vaquejadas e provas de laço e tambor a cada 60 dias são examinados e isso comprova que estão livres destas doenças”, defendeu o vereador.
No entanto, os organizadores de evento que envolvem eqüinos cobram da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec) maio rigor na fiscalização dos animais.
“A Adapec poderia monitorar as fichas dos animais que participam destes eventos obrigando a realização dos exames para verificar e os animais que estiverem infectados sejam sacrificados”, disse Valdônio.
Valdônio lembrou que nada impede animas saírem de Gurupi para participar de eventos, como cavalgadas, em outras cidades, como aconteceram em Cristalândia e Palmeirópolis.
“Enquanto aqui não pode fazer eventos, animais de algumas cidades da região, inclusive de Cariri onde aconteceu caso de Mormo, podem sair destes municípios e irem para outras regiões como Araguaína ou Paraíso do Tocantins. Digo isso porque a ADAPEC libera a GTA para participarem de eventos. Será porque só aqui não pode, enquanto os animais daqui podem sair e participar de eventos em outras cidades”, questionou o vereador.
Já o vereador Ivanilson Marinho, que também é advogado, sugeriu que os defensores do evento questionem a isonomia das interpretações das denúncias.
“Vocês têm que olhar neste víeis, porque a interpretação da lei está servindo para uns e para outros não. Acho que tem que ser visto por esta ótica”, sugeriu.
Prejuízos
O vereador lembrou que a proibição tem causado prejuízos econômicos à região.
“Os hotéis estão deixando de faturar, assim como as casas agropecuárias, os tratadores de animais não estão sendo contratados e as lojas que vendem selaria e roupas também tiveram prejuízos. Tudo este prejuízo gira, aproximadamente, R$ 600 mil por mês”, disse.
Já o vereador Jonas Barros lembrou que proibição afetou também eventos cultural religioso, como é o caso da festa popular do Divino Pai Eterno que acontece no povoado do Trevo da Praia.
“No dia 02 de julho estava programada uma tradicional cavalgada saindo do barracão da Associação da Serra com destino até o Trevo da Praia com previsão para 400 cavaleiros e amazonas para uma grande festa popular do Divino Pai Eterno. Mas agora vai acontecer o evento sem a cavalgada e ,infelizmente tivemos que abortar devido o impedimento legal e estamos aqui para cumprir as ordens”, disse Jonas Barros.
A aglomeração, movimentação ou transporte de equídeos está proibida desde o mês de abril, depois que a justiça ter concedido uma liminar por meio de uma Ação Civil Público, a pedido do Ministério Público no sentido de prevenir a disseminação da zoonose em eventos como cavalgadas e vaquejadas, até que a Adapec certifique a região como zona livre de Mormo.