A cidade passou a ser sexagenária e aos poucos os pioneiros que chegaram ainda na década de 1950 estão indo e deixando suas histórias e legado. Apenas neste mês dois deles partiram, o primeiro foi Didácio Coutinho Barros, 92 anos, e nesta terça-feira, 20, foi a vez de José Augusto dos Santos, conhecido como Irmão Juca, que faleceu aos 106 anos. “Se tivesse umas dez casas era demais e talvez não tinha nem isto”, relatou irmão Juca em junho deste ano em entrevista ao Portal Atitude.
por Wesley Silas
Conforme relatou o próprio imão Juca em recente entrevista ao Portal Atitude, apesar de ter ultrapassados a barreira de 100 anos de idade. Ele e sua esposa Júlia Cordeiro dos Santos, 80 anos, não deixaram de exercer o compromisso de cidadania sem perder o direito de votar nas diversas eleições que o casal acompanhou na história política de Gurupi.
“Se tivesse umas dez casas era demais e talvez não tinha nem isto e tinham alguns fazendeiros como o Antônio Cruz e o Benjamin Rodrigues”, lembrou o irmão Juca.
Irmão Juca e sua esposa frequentaram a Igreja Assembleia de Deus de Deus de Gurupi (Madureira) por mais de 50 anos e quando jovens conviveram com os problemas no povoamento de Gurupi como a falta de estrutura da cidade e doenças como malárias, e chegaram a perder uma filha de apenas quatro anos.
José Augusto dos Santos e nasceu no dia 12 de outubro de 1913. Ele era natural da cidade Perdões (MG) e quando jovem chegou a morar no então norte Goiano, onde se casou com a dona Júlia Cordeiro dos Santos, quando ela tinha apenas 13 anos de idade. Eles tiveram 14 filhos, sendo que dois já faleceram.
O corpo do irmão Juca está sendo velado na Igreja Assembleia de Deus Canaã, localizada na Avenida Espírito Santo, esquina com a Rua 02.