Os gestores alegam que não houve contratação excessiva, mas queda na arrecadação que compromete o limite prudencial da LRF. Somente nas cidades de Formoso do Araguaia, São Salvador, Peixe e Aliança do Tocantins os prefeitos tiveram que exonerar, aproximadamente, 400 servidores, devido a queda na arrecadação. Em Peixe, por exemplo, teve frustração da receita em mais de R$ 8 milhões neste ano.
por Wesley Silas
Em tempos críticos econômicos difíceis, a queda na arrecadação não só do comércio e da indústria, a crise também bateu de frente nas portas das Prefeituras, deixando muitas pessoas fora do mercado de trabalho. Apesar de algumas delas alegarem ter dinheiro para pagar a folha, os prefeitos alegam que não querem ter prejuízo e serem condenador pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e, agora cortam na carne para não gastarem mais de 54% de seu orçamento com folha salarial, deixando muitos aliados contrariados.
Segundo informações das Prefeituras, em Peixe, por exemplo, foram anunciados nesta semana 140 exonerações, seguida por São Salvador que teve 100, Formoso do Araguaia 80 e Aliança do Tocantins com 30 exonerações.
O prefeito de Peixe, alega que quando ele recebeu a gestão, em janeiro desde ano, o gasto com pessoal era de R$ 1,6 milhões e, com os cortes na folha passou para R$ 900,00, mas a queda de arrecadação do município, até agora, chegou R$ 8 milhões, obrigando a gestão a demitir servidores.
Gráfico: Azul referente ao ano de 2016. Verde ilustra arrecadação de 2017.
“Dentro do nosso planejamento temos recursos para pagar todos estes pagamentos, mas esbarramos no gasto com pessoal devido a grande queda de receita que tivemos neste ano. Cito como exemplo da Enerpeixe que com a seca deixou de funcionar duas, das três turbinas e com isso tivemos uma queda muito grande de ICMS com prejuízo de R$ 8 milhões que nos levou a ter problema com gasto com pessoal e, com isso, fomos obrigados a fazer uma readequação para pagar dentro do ano sem extrapolar o limite de gasto”, disse.