A reunião foi aberta pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Gurupi (CDL), Adailton Fonseca que citou casos de empresários que foram alvejado e assaltados nas últimas semanas em Gurupi por marginais.
“Temos um posto em Gurupi que nos últimos meses foi vitima de 34 assaltos. Devemos fazer de Gurupi um lugar ruim para os bandidos e, desta forma, eles serão expulsos da cidade”, defendeu Adailton que propôs um alinhamento de forças para criação de plano de ação para o combate à criminalidade na cidade, que incluiu o uso do “limite máximo” que a polícia pode atuar.
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Muitas opiniões se dividiram, e uma das sugestões apontadas no sentido de provocar a procuradoria-geral de Justiça para ingressar com uma ação para que o Estado cumpra o seu dever. “Nós estamos apavorados. Isso é um fato. A segurança é um dever do Estado e se ele está deixando de cumprir a obrigação dele eu acho que deve ser processado por omissão”,defendeu o presidente do Conselho de Entidades de Gurupi (Coneg), Jaime Xavier.
Efetivo da Polícia Miltar
A falta de efetivo da Polícia Militar em Gurupi foi um dos assuntos que mais foram debatidos na reunião e, em resposta aos questionamentos de empresários a Sub-Comandante do 4º BPM, Major Rúbia, explicou a dificuldade em que se passa a corporação que, por um lado recebeu 55 novos soldados e, por outro, em um mês 28 policiais se afastaram. “A minha tropa é remanescente do Estado do Goiás e desde o ano passado eles estão aposentando, pois já possuem 30 anos de serviços. No mês que este 55 novos soldados entraram no Batalhão, que envolve 17 cidades, nós perdemos 28 policiais militares em um mês que aposentaram e foram transferidos”, disse a Major.
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De acordo com a Major, a Polícia Militar de Gurupi tem hoje quatro equipes rotativas diária com 40 homens que são divididos para atuarem na CPP, Cartório Eleitoral, Fórum, CEIP Sul e ronda policial. “Nós temos hoje nas ruas seis viaturas sendo cada uma com dois policiais”, disse.
Diminuição de viatura
Outra notícia que chamou a atenção foi o fato da possibilidade da diminuição de 20% das viaturas da Polícia a partir do dia 30 de outubro, que poderão ser recolhidas pela empresa responsável pelos veículos.
COE nas ruas
A volta do COE nas ruas foi uma das primeiras sugestões apresentadas. “Eu gostaria que nós fizéssemos um clamor social junto com os juízes, promotores, empresários e toda sociedade para que estes homens voltem a trabalhar nas ruas”, defendeu o vereador Jonas Barros.
O comandante do 3º Pelotão que é composto pelo GOC, Giro e o COE, Tenente Wanderley, defendeu a importância do clamor social para a volta do COE que está impedido por medida judicial de atuar em no patrulhamento urbano de Gurupi e só opera em questões especiais como casos de assaltos a bancos. “Temos consciência da situação da violência em Gurupi com altos índices de trafico de entorpecentes, armas transitando livremente nas mãos de cidadãos maus intencionados e temos uma tropa apta para está atuando. A pendência judicial ainda continua e eu tenho policiais treinados, capacitados, de confiança que estão prontos para estarem atuando”, disse comandante do 3º Pelotão do COE Tenente Wanderley.
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O Juiz de Execução Penal, Dr. Ademar Alves de Souza Filho, sugeriu a unificação de todos movimentemos em defesa da segurança pública de Gurupi e citou o Fórum Permanente de Segurança Pública liderado pelo vereador Cabo Carlos, que esteve ausente no evento, e o organizado pela OAB de Gurupi.
“Tem alguns números que a Polícia Militar nos repassou que são preocupantes, além disso, há varias pessoas que são assaltadas ou furtadas que não registram ocorrências por sentir desprotegida pelo Estado que não implementa nenhuma medida concreta para diminuir a criminalidade”, acrescentou o juiz.
Em seguida o juiz noticiou o sério problema da falta prisão-albergue domiciliar para abrigar 700 presos do regime aberto em Gurupi. “Hoje eu tenho em Gurupi em torno de 700 condenados que deveriam está cumprindo pena no regime aberto em casa de Albergados e todos estão soltos”.
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O promotor de Justiça, Pedro Evandro, sugeriu políticas voltadas para regeneração familiar. “A família é o berço de tudo. Costumo dizer para os Defensores Públicos que uma criança que vem cometendo não só crimes, mas sendo mal educadas pelos pais, desrespeitando professores a partir dos 05 e 06 anos e, pelos 10 anos, ela inicia de forma irregular a vida de forma delituosa está criança não poderá ser recuperada de uma hora pra outra como um passe de mágica. A família falha e o Estado falha por não ter programas de acolhimentos”, defendeu o promotor.
O prefeito Laurez Moreira, se comprometeu em criar a guarda municipal e buscar soluções com os Governos Federal e Estadual. “Eu entendo que o Estado não cuidou bem das nossas políticas, do nosso efetivo e há uma carência enorme de condições de trabalho. Não terei problema alguns de está conversando com o novo governador (Marcelo Miranda) que é meu amigo e fomos colegas durante três mandatos juntos. Tenho a certeza de que ele vai ouvir a população de Gurupi”, disse Laurez.
Alguns pontos defendidos :
* Boa parte dos pontos defendidos coincidiram com os que já vêm sendo debatidos em outras reuniões. Confira alguns deles:
- Criação da Guarda Municipal;
- Ação conjunta para retirar (prender e apreender) cerca de 20 bandidos que provocam terrorismo na cidade;
- Implantação do projeto Olho vivo (Câmara de monitoramento);
- Campanha para o retorno do COE nas ruas de Gurupi;
- Aumento de efetivo e viaturas nas ruas;
- Implantação de tornozeleira eletrônica e implantação de um albergue para 700 presos do regime aberto;
- Debater sobre o toque de recolher;
- Provocar a procuradoria-geral de Justiça Ingressar com uma ação para que o Estado cumpra o seu dever constitucional;
- Realização de Blitz.