Segundo o DNIT, o órgão não pode atuar na manutenção do trecho devido está a cargo da Concessionária de Rodovias Galvão BR-153, responsável por administrar, recuperar, duplicar e operar o trecho de 624,8 quilômetros da Rodovia BR-153, entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO).
Após o envolvimento na Operação Lava Jato, a Galvão foi obrigada suspender os serviços por falta de crédito por está sendo investigada no esquema de corrupção e com isso não teve acesso a um empréstimo inicial do BNDES, de cerca de 800 milhões de reais.
No resumo da ópera, no momento o trecho que não pode ter atuação do DNIT devido está sob a responsabilidade da concessionária Galvão Engenharia que, praticamente, abandonou a obra, e o percurso entre a divisa do Tocantins com o Goiás até a cidade de Aliança do Tocantins não passa pela manutenção que deveria ter.
Para o leitor ter um noção da situação, na última terça-feira um caminhão ficou emperrado (atolado) em um buraco próximo a cidade de Alvorada e teve que ser rebocado. Já no último sábado um outro caminhão carregado de nitrato de amônia capotou entre Gurupi e Aliança quando tentou desviar de um buraco na pista que encontra-se até hoje.
“Está tendo bastante buracos na pista da BR-153 na região sul do Tocantins e para desviar dos buracos muitas vezes o caminhão sai fora da mão e tem que jogar para cima dos outros e os outros vem para cima da gente por isso temos que está com atenção redobrada para não acontecer um acidente. O governo está complicando para gente e está pegando pesado”, explica o caminhoneiro Carlos André.
Em busca de resolver o problema financeiro a Galvão Engenharia entrou na semana passada com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro, o que representa um espécie de trégua que ela pede ao judiciário para que seja autorizada o pagamento de fornecedores e credores em um dívida que envolve R$ 1,84 bilhão. A petição entregue à Justiça aponta que a Galvão tem dívidas de R$ 410 milhões com fornecedores, R$ 700 milhões com bancos e R$ 30 milhões com dívidas trabalhistas devido a empresa ter demitido 1.700 pessoas nos últimos dias.