Um problema que se arrasta desde 2012 por parte das autoridades que possuem o poder de executá-lo, mas, ainda não puxaram para si a responsabilidade e num jogo de empurra-empurra a implantação do sistema de videomonitoramento em Gurupi continua com poucas perspectiva para acontecer, onde o discurso não convence e continua no papel.
O fotografo Cláudio Frascari já registrou em suas lentes várias imagens de reuniões, seja na CDL, Defensoria Pública ou OAB voltadas à implantação de um sistema de videomonitoramento em Gurupi, inciada ainda no ano de 2012 quando o projeto era chamado Olho Vivo foi apresentado pelo então comandante do 4º BPM, coronel Edvan de Jesus Silva em uma reunião na CDL. Contudo, quem acompanhou o fotógrafo nestas coberturas jamais iria imaginar que ele seria vítima de um homicídio no dia 01 de agosto de 2016 no Centro e, mesmo com sistema de segurança privado no local, nenhuma Câmera conseguiu registrar o homem que praticou o crime, que até hoje continua sem respostas aos seus familiares.
O caso da falta de imagens das câmeras instaladas em comércios próximos à cena deste crime, pois todas estavam desligadas foi lembrada hoje na reunião desta terça-feira, 14, pelo comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Flávio Brito, pois se houvesse um sistema eficaz de videomonitoramento, certamente a polícia teria imagens dos autores do homicídios. A reunião foi organizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Gurupi.
O debate da implantação do sistema de videomonitoramento de segurança de Gurupi, contou com a presença do procurador do município, Thiago Benfica, que representou o prefeito Laurez Moreira na reunião com os representantes de classe que não ficaram satisfeitos com a proposta da Prefeitura.
Segundo a OAB, o objetivo era ouvir do representante da prefeitura, o Procurador Thiago Benfica, o andamento da implantação das 16 câmeras nos pontos estratégicos, uma vez que, na última reunião realizada em outubro de 2016, o representante assegurou que esse sistema estaria instalado até abril de 2017. No entanto, nesta terça o advogado explanou que há um projeto de linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que contemplará a instalação dessas câmeras, porém, essa informação não agradou aos participantes da reunião, pois essa proposta vai demorar ser contemplada, já que o projeto terá de ser aprovado na câmara de vereadores e seguir todos os trâmites que envolvem um empréstimo, levando um prazo de cerca de seis meses, no mínimo.
Participaram da reunião o presidente da Subseção OAB em Gurupi, Albery Cesar de Oliveira; o juiz da Vara de Execução Penal e Tribunal do Júri, Dr. Ademar Alves de Souza Filho; o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Flávio Brito; o defensor público, Kita Maciel e o presidente da ACIG, Adailton Fonseca.
O presidente da Subseção, Albery Cesar de Oliveira, lamentou a informação dada pelo procurador, pois acreditava que o projeto já estava em estágio avançado. “Na reunião de hoje soubemos que o município está buscando recursos junto ao BNDES, o que vai demorar, e segurança é uma questão urgente, que não pode esperar mais. Queremos marcar uma reunião com o prefeito para vermos a possibilidade de viabilizar os recursos imediatos para a efetivação do projeto até abril como estava previsto”, destacou.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Gurupi (Acig), Adailton Fonseca, criticou essa decisão, pois o projeto é relativamente barato e que o município teria condições de pagar, sem necessidade de esperar um empréstimo, já que conta com um orçamento de R$ 324 milhões e que a câmara autorizou remanejar 20% das secretarias, o que segundo ele, possibilita o executivo arcar com a despesa de R$ 500 mil da compra e implantação das câmeras.
O vereador Sargento Jenilson (PRTB) disse que ficou surpreso com o posicionamento da prefeitura, pois após cinco meses da última reunião o representante do executivo chegou ao encontro sem nenhum projeto, sem nenhum estudo sobre o que já foi deliberado. “Além do Executivo não apresentar nenhum estudo, ainda apresentou a possibilidade de que esse recurso fosse incluído no PMAT (Programa de Modernização da Administração Tributária) do BNDES, o que deverá passar pela Câmara. Agora aguardamos a posição do prefeito para verificar o que realmente falta, pois viabilidade financeira tem de sobra, até porque têm créditos suplementares, possibilidade de remanejamento de despesas e reserva de contingência”, explanou.
Ficou acordado que o presidente da Subseção tentará marcar uma nova reunião com o prefeito Laurez Moreira (PSB) para expor a insatisfação com essa expectativa de espera de empréstimo. (Da redação com informações as Ascom/OAB)