O Diário Oficial da União, do dia 04 de julho de 2014, seção 01, página 56, publicou Portaria do Ministério da Cultura autorizando o cineasta tocantinense Hélio Brito a produzir um vasto trabalho de documentação cinematográfica sobre o povoamento da região centro-norte do Brasil, graças à construção da Belém-Brasília e sobre o surgimento e desenvolvimento das principais cidades situadas às margens dessa importante rodovia de integração nacional, no trecho goiano-tocantinense, indo de Brasília até Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão.
Para Hélio Brito o Documentário tem como objetivo produzir conteúdo histórico exclusivo de cada cidade e doar as imagens para as respectivas prefeituras
O documentário final, média-metragem que se chamará “Belém-Brasília, Cidades e Histórias”, será editado a partir das histórias específicas de cada cidade envolvida na produção, e que receberão tratamento individualizado por parte da equipe de filmagem. Um dos objetivos do projeto é justamente produzir conteúdo histórico exclusivo de cada cidade e doar as imagens para as respectivas prefeituras, com o objetivo de estimular a preservação da sua memória histórica, tendo como suporte o audiovisual, captado em 2k, que é um formato de altíssima qualidade, adotado pelos mais modernos cinemas do mundo e também pelos televisores de tecnologia mais avançada, sendo bastante superior ao famoso Full HD. Ao todo 42 cidades estão sendo contempladas pelo projeto.
Caminhão utilizado na construção da Belém-Brasília (1956-1960)
LEI ROUANET
O projeto está sendo viabilizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei 8.313/91), também conhecida por Lei Rouanet, responsável pela maior parte da produção artístico-cultural brasileira dos últimos 10 anos. Praticamente todos os filmes brasileiros são feitos através da Lei Rouanet, que tem esse nome por ter sido criada em 1991 pelo então Ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Através deste mecanismo, Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas podem doar para um projeto cultural parte do Imposto de Renda que pagarão à Receita Federal. Na hora em que for declarar seu imposto de renda, o valor doado será integralmente descontado. Mas para isso o projeto precisa ser aprovado pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC) do Ministério da Cultura, com a devida Portaria de Autorização publicada no Diário Oficial da União. É o caso do projeto “BELÉM-BRASÍLIA, Cidades e Histórias”, do cineasta tocantinense Hélio Brito, enquadrado no artigo 18 da referida lei. Pessoa Física pode doar até 6% do Imposto de Renda devido, desde que sua Declaração de Renda seja feita através do formulário completo (pelo formulário simplificado não pode), e a Pessoa Jurídica pode doar até 4% do Imposto de Renda devido pela empresa, desde que ela faça sua Declaração de Renda baseada no lucro real (e não no lucro presumido). Apoiando um projeto através da Lei Rouanet a empresa ganha retorno de imagem, pois tem seu nome associado a uma obra artístico-cultural, e ganha também divulgação, mídia espontânea.
PRODUÇÃO
O documentário já está em andamento. Neste momento a equipe realiza a primeira viagem pela Belém-Brasília, pesquisando e levantando os dados históricos das cidades, e gravando as primeiras cenas da rodovia. Na segunda viagem, que será em seguida, serão gravadas as histórias específicas de cada cidade, com cenas gerais de suas avenidas, praças, monumentos históricos, pontos turísticos, pessoas, etc. E ainda, depoimentos de pessoas que conhecem a história específica da cidade. IMPORTANTE: Todo o material filmado, de cada cidade, será doado à prefeitura, armazenado em um HD externo e exclusivo, que passará a pertencer ao município.
Ferrovia Norte Sul
ARAGUAIA PARA SEMPRE
O documentário “Araguaia Para Sempre”, contemplado pelo Edital Amazônia Cultura, também dirigido por Hélio Brito, já se encontra filmado. Durante 30 dias a equipe de filmagem percorreu mais de 150 quilômetros do rio, por água, registrando as belezas e as peculiaridades desse que é um dos mais belos rios do planeta terra