por Redação
O Governo austríaco instituiu um confinamento nacional para quem não está vacinado contra a covid-19, com início marcado para esta meia-noite, com o objetivo de abrandar a propagação do novo coronavírus no país.
Segundo agência de notícias AP, a medida proíbe os não vacinados maiores de 12 anos de saírem de casa, exceto para trabalhar, fazer compras, dar um passeio ou para serem vacinados.
Nas últimas semanas, a Áustria tem registado uma “tendência preocupante” de aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus, tendo o número de casos positivos nas últimas 24 horas atingido os 11.552 novos casos.
“É nosso dever como Governo proteger o povo. Por isso, decidimos que a partir de segunda-feira haverá confinamento para os não vacinados”, explicou o chanceler austríaco, em declarações aos jornalistas.
A AP explica que as autoridades austríacas receiam que o pessoal hospitalar já não seja capaz de lidar com o aumento de doentes com covid-19.
A medida anunciada vai afetar cerca de dois milhões de pessoas naquele país alpino, que tem cerca de 8,9 milhões de habitantes, e vai vigorar por 10 dias, tendo sido pedido à polícia vigilância para ter a certeza que quem anda na rua está vacinado.
A Áustria tem uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa Ocidental, estando em cerca de 65% da população totalmente vacinada.
Alemanha prepara regresso maciço ao teletrabalho
A Alemanha está a preparar o regresso maciço ao teletrabalho, segundo um projeto de lei do Governo para deter uma nova fase da pandemia covid-19, depois de o ter levantado em Julho deste ano, noticia este domingo a agência France-Presse.
A reintrodução da norma do trabalho no domicílio surge na sequência do aumento “inquietante” dos números de novos casos diários e de mortes, desde meados de Outubro, num país em que a taxa de vacinação atinge apenas 67%.
Com 289 casos por 100.000 pessoas, a taxa de contágios atingiu hoje um novo recorde no país mais populoso da Europa, segundo o Instituto de Saúde Robert Koch (RKI na sigla em alemão).
“Vai eclipsar todas as vagas anteriores”, declarou hoje ao jornal alemão Bild o primeiro-ministro do Estado Federal da Saxónia, Michael Kretschmer, onde se concentram as taxas mais elevadas.
Segundo o projeto de lei consultado pela agência France-Presse, os empregadores alemães serão obrigados a oferecer a possibilidade de teletrabalho, exceto quando exista uma “razão imperiosa” de ir ao local de trabalho.
Todas as pessoas que se desloquem aos locais de trabalho serão “convidadas a provar que estão vacinadas ou a apresentar um teste negativo ao vírus”, indica o documento.
O Governo alemão também está a ponderar limitar o acesso a certos eventos apenas a pessoas vacinadas ou que recuperaram da doença, segundo os media alemães. O projecto de lei deverá ser apresentado no parlamento alemão para aprovação na quinta-feira.
(Fonte: Publico.pt)