da redação
A policial civil Giovanna Cavalcanti Nazareno usou as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas. O delegado nega as denúncias e afirma que se trata de uma “falácia fantasiosa” e de uma “narrativa” criada depois que a servidora não conseguiu ser transferida.
Giovanna relata que trabalhou na 2ª DP entre 2021 e 2022. Em vídeo publicado em sua rede social, a servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciada à corregedoria. Segundo ela, os assédios começaram aos poucos e como brincadeiras.
“Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.
![Captura-de-tela-2023-12-04-155050 Agente da Polícia Civil denuncia delegado por assédio sexual; Corregedoria apura o caso Captura-de-tela-2023-12-04-155050 Agente da Polícia Civil denuncia delegado por assédio sexual; Corregedoria apura o caso](https://atitudeto.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Captura-de-tela-2023-12-04-155050.png)
Segundo a denúncia, o delegado a chamava para encontros românticos e à medida que as investidas eram negadas ela também começou a sofrer assédio moral, sendo designada para trabalhos que não faziam parte de sua função.
Ao mesmo tempo, os assédios sexuais foram se intensificando. “Mandava fazer café. Eu ia fazer café ele ia lá e ficava se esfregando na gente pelas costas. Imagina você com o bule na mão a garrafa quente e a pessoa se esfregando atrás de você”, contou.
Em 2023, Giovanna ficou afastada por licença médica e o retorno ao trabalho está previsto para esta semana. Ela segue designada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas.
“Eu estou aqui para pedir ajuda porque não quero mais ser desrespeitada. Eu quero, a partir de hoje, me libertar dessa dor e seguir em frente de cabeça erguida”, disse.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil apurar as denúncias e o procedimento é sigiloso. O delegado nega as denúncias e afirma que se trata de uma “falácia fantasiosa” e de uma “narrativa” criada depois que a servidora não conseguiu ser transferida.
Nota do delegado Cassiano Ribeiro Oyama
Essa é uma história que vem se desenrolando desde 2022, quando a servidora, voltando de licença, parece para tentar um pleito eleitoral, procurou a unidade da segunda delegacia, todos os policiais e este delegado de polícia, que é o delegado chefe desde então, para tentar lotação nessa delegacia, que fica muito próximo da residência dela.
Por resistência da equipe, por dificuldade de relação interpessoal com essa pessoa, com essa policial, não foi bem recepcionado isso, e desde então ela começou a criar essa história. Mas antes disso, por várias ocasiões, ela faz todo o esforço para ser lotada na segunda delegacia, a delegacia onde eu trabalho até hoje, sou o delegado chefe.
Então ela fez todo o esforço para ser lotada na delegacia junto comigo. E aí, quando descobre que não será lotada, que essa pretensão é frustrada, ela inicia essa narrativa de que ela sofreu assédio sexual.
Tudo uma grande inverdade, são falácias fantasiosas, e que já existem procedimentos, tanto em fase de sindicância investigativa, quanto na delegacia de assuntos internos da Secretaria de Segurança Pública.
Então esse assunto já está sendo alcançado pelo órgão sensor e dentro em breve tudo será elucidado. Diferentemente até da policial, eu não tenho só discurso, eu tenho conteúdo probatório que prova que jamais, assediei sexualmente essa servidora.