Pré-candidata Ester Nogueira se solidariza com vítimas e destaca que atitudes de conselheiro, se confirmadas, ferem a dignidade humana e qualquer princípio ético.
da redação
A falta de credibilidade do presidente da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), Gedeon Pitaluga, fragiliza a instituição na abordagem das graves denúncias de suposto assédio moral e sexual que podem ter sido praticados pelo conselheiro federal Luiz Tadeu Guardiero Azevedo.
Essa é a interpretação do movimento Vozes da Advocacia, que respalda a pré-candidatura de Ester Nogueira a presidente da OAB-TO. Para o movimento, um procedimento de apuração e investigação contra Azevedo deveria ser aberto imediatamente e o conselheiro federal teria de ser convidado formalmente a se afastar do cargo agora enquanto tudo é averiguado.
No entanto, segundo o movimento Vozes da Advocacia, falta credibilidade e envergadura moral ao presidente da Ordem, Gedeon Pitaluga, para fazer o convite, pois, mesmo com uma condenação criminal em um processo, e alvo de medidas cautelares expedidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em outro, o mandatário jamais deu uma explicação pública em entrevista coletiva ou mesmo sugeriu se afastar para provar a sua inocência.
Assédio e solidariedade a todas as mulheres
Ex-professor da Unirg (Universidade de Gurupi), o conselheiro Azevedo é acusado de assédio por várias alunas e ex-alunas da universidade. As denunciantes publicaram em rede social diversos prints com as possíveis ofensivas que teriam sido praticadas pelo advogado. O caso ganhou muita repercussão no Estado e chegou, nesta segunda-feira, 13 de setembro, às manchetes de meios de comunicação, sobretudo em Gurupi. Também foi feito registro de ocorrência policial.
Para a Ester, o caso, comparado com o de outra advogada acusada de agressão a uma pessoa com deficiência em Porto Nacional, não teve o tratamento adequado por parte da diretoria da Ordem.
“Causa no mínimo estranheza a postura da @OABTocantins, com contornos misóginos, noticiar fato que envolve uma advogada e NÃO se posicionar sobre as graves “denúncias” em desfavor de um Cons. Federal da própria Seccional. Isso diz mto da postura seletiva da atual gestão!”, escreveu a pré-candidata, na rede social Twitter.
Ester também lamentou o fato e expressou total solidariedade às mulheres. “Essas atitudes do conselheiro, se confirmadas, ferem a dignidade humana e qualquer princípio ético da nossa profissão. Lamento e me solidarizo com todas as mulheres (inclusive algumas colegas hoje), que possam ter sido alvo dessas investidas. Isso é muito triste. É inadmissível que coisas assim ainda possam existir na sociedade e principalmente no nosso meio, essencial à administração da justiça”, frisou Ester.