da redação
A prefeita de Caseara do Tocantins, Ildislene Santana (DEM), foi afastada do cargo nesta terça-feira (5) durante uma operação da Polícia Civil que investiga fraude em licitações. O vice-prefeito Francisco Neto (PTB), secretários municipais e o presidente da Câmara, Cleber Pinto Cavalcante (DEM), também foram afastados.
A prefeitura afirmou, em nota, que está contribuindo com as investigações. A defesa de Idislene Santana afirmou que não houve prisão e aguarda habilitação no processo. A operação é realizada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC). Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e em endereços dos investigados.
A investigação da Polícia Civil apura contratos para locação de veículos feitos em 2017 pelas secretarias de Saúde e Educação. A polícia acredita que a locadora seja uma empresa fantasma que foi criada em 2016, logo após a prefeita vencer as eleições do seu primeiro mandato.
Os contratos finalizaram em 2021. Há indícios de fraude em licitações, uso de documentos falsos e superfaturamento. Segundo a polícia, a empresa sequer possuía frota suficiente para atender a demanda.
Durante o período investigado, foram movimentados mais de R$ 23 milhões.
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Nota da prefeita Ildislene Santana
Sobre a operação da Policia Civil, ocorrida em Caseara na data de hoje, 05/12/2023, a defesa da Prefeita Ildislene Santana, vem a público informar:
1- Que não teve, até a presente momento, acesso aos autos do inquérito, cuja habilitação já foi solicitada ao Gabinete do Desembargador Pedro Nelson;
2- Não houve prisão ou detenção da Prefeita pelos fatos do inquérito. A prefeita já foi ouvida na Delegacia de Paraiso e liberada para retornar a Caseara, prestando os esclarecimentos necessários.
3- A defesa, neste momento, aguarda a habilitação no processo, e intervirá contra a decisão de afastamento, por meio dos recursos cabíveis.
4- Sobre a empresa de locação de veículos, o processo de licitação finalizou em 2020, e desde então, não há mais nenhum contrato em vigência, nem mesmo qualquer pagamento a empresa.
5- Por hora, neste momento, são os esclarecimentos que repassamos a imprensa, diante das parcas informações que obtivemos.