A reportagem do Portal Atitude esteve mais uma vez visitando o Hospital Regional de Gurupi e confirmou o que fora pré-anunciado em nossas reportagens ao longo do ano. Neste final de semana, conformou adiantou um servidor do hospital, “instalou de vez o caos” deixando os usuários sem opção de atendimento.
“Temos uma médica residente trabalhando aqui, o cirurgião que teve que ir para o Centro Cirúrgico e clinico não tem. Estamos encaminhando os casos menos graves para UPA”, disse uma enfermeira do Pronto Socorro do Hospital na manhã deste domingo.
Conforme adiantou um servidor do HRG à nossa reportagem, na noite deste domingo não há nenhum cirurgião. “Na tarde deste domingo um homem levou tiro no peito em Dueré e por falta de cirurgião teve que ser encaminhado direto para Palmas”. Disse um funcionário ao Portal Atitude.
A falta de médicos é decorrente de Plantões Extras atrasados e da falta de médicos, e se agravou ainda mais depois que o diretor Clínico, que problemas cardíaco, ter se afastado para tratamento médico e o Diretor Geral do Hospital aproveitou o mês de dezembro para gozar suas férias em São Paulo. “Em meio uma crise sem procedentes, o diretor do HRG entra em férias. O que está acontecendo é uma coisa que estava marcado para acontecer”, disse outro funcionário do Hospital que pediu para não se identificar.
A falta de médicos no HRG promete repetir nas vésperas do Natal e da passagem de ano, pois, conforme adiantou um médico do Hospital à nossa reportagem até o momento não fechou a escala dos médicos para atender nos dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro.
Prazo não cumprido
No final do mês de novembro o Núcleo de Defesa da Saúde (NUSA) e a 6º Defensoria Pública Cível e da Fazenda Pública em Gurupi protocolaram na SESAU – Secretaria de Estado de Saúde do Tocantins, a Recomendação em que dava o prazo de 15 dias para o cumprimento do pedido, dentre eles estavam a regularização dos plantões e pagamento dos plantões extras. Noticiou ainda que “o descumprimento oportunizará o manejo dos instrumentos legais tendentes à responsabilização por ofensa à legalidade, eventual ajuizamento de Mandado de Segurança, Ação Civil Pública ou de outras ações de cunho administrativo e judicial”.