O Presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Pedro Dias, pede aos gestores municipais investirem no Serviço de Inspeção Municipal (S.I.M) para facilitar a agricultura familiar e os pequenos produtores tenham oportunidade de oferecer variados produtos nos programas de Aquisição de Alimentos e Alimentação Escolar. “Os produtos pré-industrializados são mais caros e possuem valor agregado”, defende.
por Wesley Silas
“Comparar produtos processados de origem animal e vegetal, como exemplo as carnes bovina, suína e de frango, peixe e mel ou qualquer produto de origem vegetal processado, industrializado ou manipulado tem que ter o serviço de inspeção. Os produtos pré-industrializados são mais caros e tem valor agregado”, defende Pedro Dias.
De acordo com Pedro Dias, o Ruraltins tem dado apoio ao pequeno produtor rural para o aumento da produtividade e da lucratividade para que eles possam comercializarem seus produtos em conformidade com a legislação sanitária.
“No Trevo da Praia, por exemplo, fizemos uma agenda onde nossos técnicos reúnem com os produtores e lideranças para atualizar as demandas que eles têm como busca de recursos para financiamento, sobre a questão do Compra Direta, sobre políticas de fomento que estamos implementamos neste ano vamos oferecer sementes de arroz, milho, feijão e hortaliças para distribuir, gratuitamente, para todo estado do Tocantins. Para isso, já estamos cadastrando produtores em todo Estado, inclusive em Gurupi, para receber este benefício”, disse Pedro Dias.
Segundo Pedro Dias, o Ruraltins aumentou consideravelmente o volume de recursos por meio de convênios para formação de novas parcerias com o pequeno produtor rural.
“A nossa administração captou nestes dois anos de seis meses mais de R$ 85 milhões em recursos de convênios, contratos e parcerias, principalmente com os órgãos do Governo Federal. O Ruraltins foi o órgão que mais captou recursos neste governo e, com isso, está nos possibilitando executar cerca de 10 convênios no Estado e destes, pelo menos, cinco estão atuando na região de Gurupi”, explica.
O aumento dos recursos fez com que o órgão passasse por mudanças significativas elevando o número de atendimento de família de 14 mil para, aproximadamente 20 mil famílias em todo Estado.
“Gurupi tinha desempenho fraquíssimo e hoje se tornou destaque no ranking de desemprenho medido pelo nosso sistema de informação. Está em primeiro lugar em números de atendimentos, de projetos realizados e de aplicação dos recursos dos programas. O reflexo destes números é o grau de satisfação do agricultor família do Estado inteiro”, disse Dias.
Compra direta local e Inspeção Municipal
Para Pedro Dias, a implantação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) não pode mais ficar nas gavetas dos prefeitos, pois emperra a geração de renda dos pequenos produtores e dos agricultores familiares que ficam impedidos de comercializar seus produtos em compras governamentais, no comércio e favorece à clandestinidade, sem acompanhamento sanitário e sem garantias aos consumidores que não sabem a procedência dos produtos que estão consumindo.
“Eu insisto muito no Serviço de Inspeção do Municipal porque sem ele nós nos limitamos a comprar produtos in natura, como frutas e verduras que são produtos, relativamente, baratos. Agora para comparar produtos processados de origem animal ou vegetal, como exemplo as carnes bovina, suína, de frango, peixe e mel, ou qualquer produto de origem vegetal processado, industrializado ou manipulado tem que ter o serviço de inspeção. Os produtos pré-industrializados são mais caros e possuem valor agregado e, com isso, o produtor passar a ter maior lucratividade, tira o atravessador, vende direto para nós e o lucro dele aumenta, a renda e a qualidade de vida também melhoram. Por isso insistimos, pois entendemos que o SIM é uma questão de saúde pública e as autoridades têm que ter consciência disso”, disse Pedro Dias.