“A violência chegou ao absurdo que muitos empresário estão sendo obrigados a trancar as portas dos seus comércio e, na semana que antecipa o Dia das Mães, os filhos de Gurupi terão que bater nas portas de blindex dos comércios para comprar os presentes de suas mães”
“Um homem senta-se em um banco de praça e começa a ler um jornal. À medida em que lê, as páginas vão ficando em branco, demonstrando que aquilo já não é mais informação para ele. O homem termina de ler e deixa as folhas em branco sobre o banco. Passa uma outra pessoa e vê um jornal normal. Afinal, como ela ainda não leu o jornal, ele ainda traz informações para ela. A pessoa começa a ler e as páginas vão ficando em branco, como ocorrera com o outro”. Trecho de um conto do escritor Julio Cortázar.
Noticiar prisão de adolescentes, jovens ou namoradas presas ao tentar colocar drogas dentro de presídio se tornou fato redundante que chegou a perder o impacto da informação por si só.
A notícia sai do que era normal no cotidiano da sociedade, quando surgem fatos novos como a prisão de uma mãe que passou a participar das notícias jornalísticas e comentários da comunidade depois de ser presa tentando abastecer o vicio do filho que encontra-se preso na CPP de Gurupi.
O fato aconteceu na semana que antecede o Dia das Mães e tem como personagem a principal responsável na formação da estrutura familiar. Neste caso, a mãe presa, substituiu o choro e todo sentimento de uma família dos padrões normal que não conseguir aceitar o filho usar drogas, roubar, traficar, matar e se tornar mais um nas estatísticas do sistema carcerário; pela comiseração de agradar o filho preso e continuou errando no falido modelo que o criou afastando a possibilidade de ressocializá-lo.
Os exemplos de mães abandonadas por seus maridos motivados pelo vício ou que engravidaram bêbadas e drogadas e abandonam os filhos à própria sorte não surpreende mais a sociedade e tudo é esperado como mostra e repete todos os dias pelos veículos de comunicação. Jovem se matando em escolas, usam escolas para traficar drogas, nos quarteirões das escolas particulares ficam à espera de um filho de rico para assaltar e levar celular e outros pertences já virou atração dos gurupienses que digerem o almoço com informações deste nível.
A violência chegou ao absurdo que muitos empresário estão sendo obrigados a trancar as portas dos seus comércio e, na semana que antecipa o Dia das Mães, os filhos de Gurupi terão que bater nas portas de blindex dos comércios para comprar os presentes de suas mães.
Em meio a este fosso social, a cada dia, as notícias de hoje, amanhã serão apagadas por um fato novo que não sabemos o que será ou quem será a vítima; mas, todos sabem que a origem virá de famílias desestruturadas não têm a menor condição de transmitir valores e limites éticos e morais, onde o grande gerador da criminalidade está ligado a fatores sociais provocados por desemprego, falta de valores religiosos, consumo de drogas, prostituição, falta de políticas públicas, falta de segurança nas escolas, etc…