da redação
O ex-governador, Mauro Carlesse, e mais oito pessoas, dentre elas servidores da Polícia Civil, viraram réus pelos crimes de organização criminosa, abuso de autoridade e tráfico de drogas. A 3ª Vara Criminal de Palmas aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Tocantins.
Esses e outros crimes culminaram no afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e posterior renúncia do ex-governador, no dia 11 de março de 2022. O documento informando a renúncia foi protocolado na Assembleia Legislativa, duas horas antes do segundo turno da votação no processo de impeachment que levaria a abertura de um Tribunal Misto para julgar o então governador por crimes de responsabilidade.
O processo corre na Justiça desde o início do ano passado. No primeiro momento, a denúncia foi enviada para a 4ª Vara Criminal de Palmas, que se declarou incompetente para julgar o caso. Durante um ano, o processo chegou a ser enviado para Varas Criminais de Palmas e Gurupi.
Por causa do impasse, o Tribunal de Justiça decidiu que a 3ª Vara Criminal seria responsável por julgar o caso. O relatório da operação Éris apontou que tinha sido instalada uma verdadeira central de espionagem na SSP para monitorar investigações que envolvessem o governo. O grupo seria responsável por vazar informações de operações, verificar se existiam grampos telefônicos e até forjar acusações e flagrantes contra desafetos de Carlesse.
A decisão que aceitou denúncia e fez os investigados virarem réus é da 3ª Vara Criminal de Palmas e foi publicada pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula no dia 31 de janeiro.