A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta sexta-feira (6) para cumprir mandados de busca e apreensão nos endereços de suspeitos de praticar golpes financeiros e estelionato no Tocantins. Segundo a polícia, a organização criminosa usava redes sociais para obter lucros milionários envolvendo vítimas em um esquema de ‘pirâmide’. Os criminosos podem ter movimentado R$ 10 milhões.
da redação
A operação ‘Midas do Cerrado’ cumpriu sete mandados de busca e apreensão e 10 medidas cautelares de prisão em Palmas e Porto Nacional.
A investigação teve início em 2021 e após o trabalho investigativo os agentes descobriram que os suspeitos praticavam diversos crimes, se autointitulando como ‘Traders’, como se fossem investidores acima da média, quando não o eram.
Segundo a PF, há mais de 2 anos a organização criminosa obtia lucros enganando pessoas. “As vítimas eram induzidas a acreditar em investimentos altamente lucrativos, com retorno podendo chegar a 10% ao dia, em um típico esquema de ‘pirâmide'”, informou a polícia.
Conforme a PF, a quadrilha utilizava uma plataforma que tem sede nas Ilhas Seychelles que não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no Brasil. “Além disso, o grupo se utilizava de ‘robôs’, operando em contas de terceiros, praticando um sistema de ‘pirâmide’ para lucrar em cima do prejuízo de diversas vítimas, que lhes seguiam e repassavam dinheiro para que fosse investido, acreditando em ganhos estratosféricos”, informou a PF.
Os envolvidos podem responder pelos crimes previstos no art. 16, da Lei 7.492/86 (Sistema Financeiro Nacional), art. 27-E, da Lei 6.385/76 (Lei da Comissão de valores mobiliários), art. 171, do Código Penal (estelionato), art. 2º, da Lei 12.850/2013 (organização criminosa) e art. 1º, da Lei 9.613/98 (Lei de lavagem de capitais). Somadas as penas passam de 25 anos de prisão.