Apesar de ser reconhecido por funcionários da loja em que Cláudio Frascari foi morto, a defesa do acusado mostrou documentos e testemunhas que apontam que ele estava em Goiânia em reunião com empresários no ramos de uma indústria de fertilizantes que ele gerencia na cidade de Querência, no estado de Mato Grosso.
A prisão do agrônomo e gerente de uma empresa de fertilizante, Vitor Lainetti Neto, aconteceu depois que funcionários da loja em que o fotografo Cláudio Frascari, 40 anos, teria lhe reconhecido por fotos e, no 1° Distrito Policial, de Gurupi, onde o caso está sendo investigado. O latrocínio aconteceu por volta das 17h do dia 01 de agosto deste ano. Lainetti Neto, foi recolhido, após cumprimento de mandado de prisão temporária, na Casa de Prisão Provisória de Gurupi e encontra-se a disposição do Poder Judiciário.
Apesar da repercussão da prisão e do julgamento público, mesmo sem ter a culpabilidade comprovada; várias pessoas e colegas de trabalho estiveram na delegacia para defender a inocência do agrônomo. De acordo com o patrão e funcionários da empresa que Lainetti Neto trabalha, no dia do latrocínio do fotográfo Cláudio Frascari, o acusado estava hospedado no hotel Vivence, localizado na Praça do Sol, em Goiânia (GO). Eles mostraram documentos, dentre eles o checkin (entrada) no dia 31 de julho e checkout (saída) no dia 02 de agosto do hotel e afirmaram que, no dia do crime, Lainetti Neto esteve reunido a negócio com várias pessoas em Goiás. Na tentativa de inocentar Lainetti Neto, funcionários da empresa buscaram imagens do circuito interno do Hotel Vivence, mas foram informados que tinham sido apagadas há 30 dias.
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“Ele não tem participação neste crime porque temos todas as provas de que na data do crime ele estava em Goiânia a serviço da empresa em que ele trabalha, onde teve uma reunião e depois se deslocou para Anápolis onde ele almoçou e trabalhou lá fazendo vistoria em outras empresas, depois retornou a Goiânia onde ele teve com empresários e de lá ele se deslocou para o Sul de Goiás. Então, não tem nenhuma participação dele e não tinha como ele estar aqui naquele dia e isso tudo está documentado e vamos requerer na justiça a sua liberdade”, frisou o advogado de defesa, João Veloso. (confia AQUI para visualizar um dos documentos apresentados).
O advogado defende que o estado emocional das testemunhas pode ter confundido-as.
“Acreditamos que as vítimas que fizeram reconhecimento estariam em estado de extremo stress e fizeram reconhecimento através de fotografia que induziu a estas testemunhas a vierem aqui (delegacia) e reconhecê-lo como autor deste latrocínio”, defendeu.
O irmão
Outro fato que chama atenção seria a aparência de Lainetti Neto com seu irmão, Leonardo Chimello Lainetti, 38 anos, preso no final da semana passada, em Goiás. Segundo a Polícia de Goiás, Leonardo faz parte de uma quadrilha especializada em roubo de cargas em Anápolis e Aparecida de Goiânia.
“Eu, pessoalmente, acho que não parece tanto, mas algumas pessoas dizem que parece muito e fica ai também está dúvida”, disse o advogado João Veloso.
O reportagem do Portal Atitude tentou ouvir a delegada responsável pelas investigações, Lucélia Maria Marquez Bento, do 1° Distrito Policial, mas ela adiantou por telefone que irá se pronunciar sobre o caso, somente na terça-feira, 08.
Caso
O latrocínio aconteceu no dia 01 de agosto deste ano após o fotógrafo ter entrado em uma loja de grife, no Centro de Gurupi, para fazer algumas imagens, coincidentemente, no momento em que acontecia um assalto e acabou sendo alvejado com um disparo de arma de fogo nas costas e faleceu no local.