Um texto poético que explica o que é Ser Palmense: “Pesquisando os poetas e escritores talentosos do Tocantins, Zé Gomes, Concesso, Zacarias, Pedro, Mário, Francisquinha, Veloso, Gil, Ronaldo, Juraci, Palmares, Junio, Otávio, Wolfgang, Cleber, Orion, Casagrande, Flávio, Maria, Paulo, Marilde, Ana, Francisco, Juarez, Antônio, André entre tantos outros e não encontrei nenhum texto falando da essência do palmense”, Giovanni Salera
Por Giovanni Salera Júnior/ Fotos:
É pertencer a uma terra abençoada que inspira sonhos e aventuras.
É ser a eterna filhinha caçula… mimada, inocente e pura — a mais admirada e querida de todo o Brasil.
É sentir-se sempre jovem, belo e forte, com um desejo enorme de crescer e conquistar.
É carregar com orgulho um pouquinho da cultura, dos ensinamentos e dos valores dos mais velhos.
Ser palmense é ter um sotaque diferente, autêntico, em formação, que reúne palavras, sons e dizeres de todas as regiões.
É pertencer a uma comunidade onde todo mundo se conhece; é ser apresentado a uma pessoa nova e logo perceber que está falando com o amigo do amigo do meu amigo.
É ser um apaixonado por esportes e estar sempre em busca de desafios e conquistas.
O palmense ama subir o Morro do Limpão para sentir a brisa suave acariciando o rosto e receber um abraço caloroso do sol nascente.
É viver entre mil palmeiras — altas e vigorosas, cada uma mais linda e exuberante.
É poder caminhar na Praça dos Povos Indígenas, respirar ar puro, desfrutando da simplicidade e da paz de espírito.
É comemorar a chegada da primeira chuva de agosto com a mesma alegria do primeiro beijo.
É aproveitar o vento forte que vem do alto da Serra do Lajeado, trazendo alento e revigorando a alma.
Ser palmense é ficar ansioso olhando o calendário e fazendo planos para o próximo feriado emendado, desejando descansar, curtir e viajar.
É se encantar ao ver araras colorindo o céu e as capivaras tornando ainda mais bonito o Parque Cesamar.
É desfrutar do sossego do interior, ficar sentado na porta de casa, conhecer os vizinhos e sair para passear com os cachorros ao final do dia.
É frequentar a Feira da 304 Sul para saborear espetinho, chambari, hambúrguer, pamonha, tapioca, cuscuz, doce de buriti, pastel e caldo de cana.
É viver numa terra onde o sol brilha mais forte e o sorriso é mais sincero.
É gostar de subir no pé de caju para colher os frutos saborosos, como se estivesse no meio da roça, revivendo as boas lembranças dos tempos dos avós.
É sentir a adrenalina subir alto no ziguezague das rotatórias e ao acelerar tudo na Avenida Teotônio Segurado.
É ser forte e resiliente como o ipê amarelo, que floresce deslumbrante mesmo em meio à seca e ao calor intenso.
O palmense adora subir a Serra de Taquaruçu, em busca do friozinho que brota dos vales e morros, para se esbaldar em sabores, aromas, cores e emoções.
É fazer uma trilha, entrar em sintonia com a natureza e recarregar as energias num banho gelado na cachoeira da Roncadeira.
É vivenciar uma rotina semanal de muito trabalho e dedicação, sem perder a descontração e o bom humor; é ser racional e metódico, e ao mesmo tempo poético e sonhador.
É ter fé, rezar, orar, profetizar, cantar, louvar e agradecer por viver numa cidade tão maravilhosa.
É ser apaixonado pela temporada de férias, acampar, pescar e relaxar admirando a paisagem majestosa do rio Tocantins.
Ser palmense é saber levar a vida num ritmo tranquilo, sossegado, reconhecendo que existem muitos tesouros preciosos que nenhum dinheiro pode comprar.
É ter o jeito manso e sereno das capivaras, a esperteza das corujas, o brilho do girassol e a beleza das araras.
É se encantar ao final da tarde na Praia da Graciosa, admirando o mais lindo pôr do sol que existe.
É pegar um flutuante e zarpar até a Ilha Canela, e por lá ficar até o anoitecer, para olhar as estrelas, apreciar o luar e sonhar com uma nova paixão.
É reconhecer que as pequenas coisas e as situações despretensiosas, mesmo não custando quase nada, têm um valor grandioso e podem fazer um dia qualquer se tornar especial.
O palmense saboreia um prato de pequi como se estivesse comendo a melhor iguaria do mundo, e fica com água na boca só de ler e ouvir isso.
É ter um pé na modernidade e outro no interior; é saber aproveitar cada pedacinho de alegria e encanto que a capital proporciona.
Ser palmense é poder contemplar o céu mais azul do Brasil, com o sol mais amarelo e reluzente, sempre com um sorriso largo no rosto, compartilhando energia positiva e muito calor humano.
É ter o coração no lugar certo, prezar pela amizade sincera, respeitar nossas raízes, valorizar a família e honrar a Deus.
O palmense tem orgulho de fazer parte da história do antigo “Norte Goiano”, que se entrelaça com o presente, e de poder construir um futuro ainda mais belo e promissor para as próximas gerações.
É transbordar de gratidão, repleto de esperança, acreditando num amanhã melhor.
Ser palmense é ser cheio de generosidade e acolher de braços abertos todos os brasileiros que vêm aqui para morar e ser felizes!!!
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Palmas – TO, Novembro de 2024.
Giovanni Salera Júnior
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Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior