Por Daniel dos Santos
Ele afirma que não teve um momento específico que o definiu como desenhista, pelo contrário, considera uma habilidade nata. “Sempre desenhei. Lembro que com 10 anos eu desenhava com um amigo copiando outros desenhos, e com 15 fazia muitos desenhos de observação”, explicou.
Aos 38 anos de idade nunca fez uma exposição, mas gosta de fazer camisetas a jato de tinta com os desenhos dele. Também fez trabalhos remunerados em estabelecimento comerciais de Gurupi. Mas lamenta que nesse caso, a arte nem sempre permaneça. “As pessoas apagam, né?”.
No câmpus da UFT em Gurupi, alguns desenhos de Luiz Carlos repercutiram bastante. São quatro ilustrações em que ele utiliza a UFT como cenário e animais típicos da região aparecem em tamanho gigante causando correria na comunidade acadêmica, remetendo a inevitáveis comparações com Godzilla e King Kong. “Sempre aparece quati, cobra e capivara aqui (no câmpus). Já teve jacaré e ema também”. Dos citados pelo vigilante, ele só não desenhou a ema ainda.
De acordo com Luiz Carlos, os alunos cobram por mais desenhos dele com frequência. A estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Sara Almeida, que também é desenhista, comenta o que mais lhe atrai nos desenhos de Luiz Carlos. “A técnica dele em perspectiva é muito perfeita. Ele tem uma preocupação muito grande com detalhes como reflexos e sombras. Um desenho que gosto muito é o que tem três robôs olhando para telas que revelam fielmente em cada uma desenhos feitos anteriormente por ele”, afirmou Sara.
“Com certeza é um talento que merece mais reconhecimento”, define Sara.