O jornalista e empresário Silvério Filho comentou uma suposta ida do Wendel para o DEM e o PDT tendo em seu quadro a líder do prefeito inviabiliza sua candidatura pela sigla. “Falei que ficaria difícil a gente pleitear uma pré-candidatura pelo PDT porque as lideranças do partido são ligadas a atual gestão e com isso acho muito difícil uma líder do prefeito hoje [Marilis] ou uma pessoa que a gente sabe da relação que o Wendel tem com o Laurez mudar o direcionamento dele de apoiar uma candidatura ou mesmo ser candidato contra a gestão”, declarou Silvério Filho ao comentar a situação do PDT e apresentar o seu nome como pré-candidato a prefeito de Gurupi.
por Wesley Silas
Para Silvério Filho a sua ligação com o empresário Itelvino Pisoni foi o principal motivo da sua permanência no PDT quando a senadora Kátia Abreu presidiu o partido no Estado e os últimos acontecimentos corrobora para ele deixar a sigla.
Acontecimento I
De acordo com Silvério Filho na terça-feira, 10, ele foi procurado em sua residência pelo presidente da Câmara Municipal e pré-candidato a prefeito, Wendel Gomides (PDT). Na conversa Gomides relatou que teria acabado de chegar de Palmas, onde esteve reunido com o presidente do PDT, Jairo Mariano, recebeu o convite para presidir o partido e saiu da Capital com o seu nome como pré-candidato a prefeito de Gurupi.
“Eu falei que ele tinha todo direito [de se candidatar a prefeito] e eu também tenho vontade. Se ofereceram, ele deveria colocar o nome para ver”, disse.
Acontecimento II
Segundo Silvério em seguida a conversa com Gomides mudou de rumo em direção de mudanças de partidos e recuo na pré-candidatura da prefeito.
“Em seguida ele disse que o [prefeito] Laurez tinha pedido para ele conversar comigo para cada um de nós ficarmos em partidos diferentes para assegurar a sua reeleição [a vereador]. Inclusive, ele falou que estaria indo para o DEM. […] E ele disse que o cara [Jairo Mariano] queria o lançar como candidato e até chegou a pedir para fazer uma matéria e que ele não teria topado. Em seguida ele disse que a matéria teria sido veiculada e me mostrou”, disse.
Acontecimento III
Ao ouvir as propostas de Wendel, Silvério afirmou que questionou a conduta de Gomides.
“Daí eu falei: Uai companheiro! Perai! Tu vem aqui falar que o Laurez pediu para você conversar comigo para a gente decidir cada um ir para um partido e que a Marilis [líder do prefeito] estaria saindo do PDT e que você estaria indo para o DEM, enquanto você tira foto com o presidente do partido e publica matéria com você como pré-candidato?”, disse Silvério.
Em seguida Silvério afirmou que indagou o presidente da Câmara de Gurupi sobre o compromisso dele e da líder do prefeito, vereadora Marilis Fernandes com a pré-candidatura de Gutierres Torquato. “Ele disse que não tinha como [não apoiar Gutierres] porque procurou ele [Jairo Mariano] e não deu nenhum apoio e eu disse que seria o momento de aproveitar e questionar sobre esta falta de apoio”, disse.
Acontecimento IV
Conforme Silvério, em Gurupi o PDT encontra-se fragilizado devido a falta de parceria entre as lideranças com mandato e as sem mandatos. “Quem tem mandato no partido é o Wendel e a Marilis. Eles tinham a obrigação de fortalecer o partido dando apoio para os companheiros devido terem vários cargos na Câmara e na Prefeitura. Enquanto, isso não tem nenhum companheiro do partido com cargo. Como é que fortalece o partido desta forma?”, questionou Silvério. “Nenhuma vez eu pedi emprego e apenas levei nomes dos companheiro do partido”, explicou.
Pré-candidatura a prefeito
Apesar dos problemas, Silvério disse que não descarta ficar no partido devido sua ligação com o empresário Itelvino Pisoni. No entanto, ele afirmou que já foi procurado para vários partidos e pré-candidatos como o próprio Gutierres e os da oposição, sendo eles o empresário Adailton Fonseca (PL) e o advogado Walter Júnior. Teria ainda recebido o convite da ex-deputada Josi Nunes para se filiar e ser o pré-candidato a prefeito pelo PROS.
“Eu falei para eles que tinha intenção de sair do partido para procurar outro que me desse condições de sair candidato. Falei que ficaria difícil a gente pleitear uma pré-candidatura pelo PDT porque as lideranças do partido são ligadas a atual gestão e com isso acho muito difícil uma líder do prefeito hoje [Marilis] ou uma pessoa que a gente sabe da relação que o Wendel tem com o Laurez mudar o direcionamento dele de apoiar uma candidatura ou mesmo ser candidato contra a gestão”, disse.