Um grupo de seguidores do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) estiveram nesta terça-feira, 26, no Cartório Eleitoral de Gurupi para entregar fichas de desfiliação do PSL. Úrsula Meyer, considerada como uma das ativistas pela criação do Aliança pelo Brasil em Gurupi e Tocantins, falou sobre interferência do presidente do PSL, Antônio Jorge na criação do Aliança no Tocantins e sobre a saída de filiados do PSL após o presidente da república ter deixado a sigla. “Antes da eleição do presidente Jair Bolsonaro [em Gurupi] eram 43 filiados e depois passou para 234 filiados e agora eu acho que o PSL vai voltar a ser um partido nanico em 2020”, disse Úrsula.
por Wesley Silas
Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral ainda não definiu a possibilidade do uso de assinatura eletrônica que é decisivo para a criação do Aliança pelo Brasil com apoio popular e, mesmo com o pedido de vista do Luís Felipe Salomão ocorrido na noite desta terça-feira, 26; seguidores do presidente Jair Bolsonaro em todo Brasil não desanimaram e tentam esvaziar o PSL para fortalecer a criação do Aliança.
De acordo com Úrsula Meyer a desfiliação do PLS em Gurupi o esvaziamento do PLS em Gurupi é coletivo e conta ainda com apoio de filiado de outros partidos, como Dr. Iury Garcia que deixou o PL para fortalecer a criação do Aliança pelo Brasil.
“Temos visto a adesão de muitos nomes conhecidos que estão desfiliando de seus partidos para juntar ao Aliança e em Gurupi. Um deles foi o Dr. Iury Garcia que para nós foi uma grata surpresa”, disse Úrsula Meyer.
Efeito Bolsonaro no PSL
Segundo ela depois da eleição do presidente Jair Bolsonaro houve uma correria de novos filiados no partido.
“Antes da eleição do presidente Jair Bolsonaro eram 43 filiados [em Gurupi] e depois passou para 234 filiados. Agora eu acho que o PSL vai voltar a ser um partido nanico em 2020, mesmo com aquelas pessoas que estão visando sua candidatura no próximo ano com o fundo eleitoral”, disse.
Sem dinheiro…
Segundo Úrsula, o Aliança pelo Brasil será um partido que começará do zero, sem dinheiro e seguirá a mesma premissa que elegeu Jair Bolsonaro com forte atuação nas redes sociais.
“Quem vier para o Aliança tem que ser por amor e não temos dinheiro e mais uma vez estamos começando do zero. Como fizemos a campanha do Bolsonaro, vamos fazer novamente a campanha dele e de quem for a partir do zero, lembrando que o partido não pertence a ninguém e não tem diretoria”, disse.
Coordenador do processo de criação do Aliança no Estado
Enquanto o grupo do atual presidente do PSL do Tocantins, Antônio Jorge, e do ex-secretário estadual de Segurança Pública César Simoni, defendem o nome do auditor fiscal federal agropecuário, Heleno Guimarães Carvalho, como Coordenador do processo de criação do Aliança no Estado, os ativistas bolsonaristas liderado pelo policial federa aposentado, Farlei Mayer defende que houve uma “autoproclamação” na escolha de Heleno e que em Brasília o nome de Farlei é tido como o principal nome no processo de criação do partido do presidente Bolsonaro no Tocantins.
“Temos o grupo de Bolsonaristas e ativistas que não reconhece outro líder, além do Farlei Maiyer e temos os filiados que estão do lado do A.J (Antônio Jorge) e, paralelo a isso, temos visto nas redes sociais até mesmo membros do PLS como o tesoureiro do PSL, Heleno, se apresentando como coordenador do processo de criação do Aliança no Estado. Ele poderia ler a Lei Eleitoral que determina desfiliação do PSL e fazer igual todos nós estamos fazendo”, disse Úrsula Meyer.
Grupo fiel a Bolsonaro
Úrsula defende que em Brasilia Farlei Meyer tem apoio do presidente Bolsonaro para liderar o processo de criação Aliança pelo Brasil no Tocantins.
“Tem um crivo em Brasília para o Farlei ajude no processo. Ele não se nomeia como presidente até porque não pode se nomear de um partido que não existe. Somos apenas um grupo de fiéis seguidores do Bolsonaro que estamos cumprindo a ordem do nosso capitão que é fazer um limpa em nosso Estado”, defendeu.