Em plena crise financeira e política que vive o Brasil, as repercussões negativas da polêmica compra de “móveis de alto padrão” e itens de decoração para ornamentar o gabinete da presidência fez com que o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS) recuasse cancelando o edital.
por Wesley Silas
Conforme o termo de referência do Edital do Pregão Presencial, a Assembleia pretendia comprar tapetes de fios egípcios estampado e de fio de seda de pelagem alta e felpuda; tela de pintura com moldura em alumínio; quadro decorativo, moldura em alumínio chanfrada, sofás, cadeiras de madeira maciça, poltronas com estrutura em madeira maciça de lei e outros móveis com marcas de referência, como Saccaro, Artefacto, Tissot, ou de qualidade superior.
O som das trombetas negativa da aquisição dos objetos de luxo da Assembleia perturbou os ouvidos do presidente da Casa, que na atual circunstância tenta fugir de problemas que atrapalhem a construção do seu nome para disputar o governo do Estado.
Neste ponto, Carlesse deu um passo atrás e abandonou a ideia de compra dos móveis e obras de arte.
“A Assembleia, por determinação do seu presidente Mauro Carlesse, cancelou o edital para compra dos móveis e obras de arte para a presidência e sala de reuniões por não concordar com as “exigências” descabidas e considerar, neste tempo de crise, a aquisição inoportuna. Ele determinou o cancelamento ainda na sexta feira (feriado) mas só agora foi publicisada”, informou Carlesse por meio de uma nota.
“O presidente reconhece o erro cometido pela sua assessoria e aceita as críticas justas da imprensa. Isso é postura democrática”.
A assessoria de Carlesse informou ainda que “O edital de cancelamento estará disponível amanhã no diário da AL e posteriormente nos jornais”.