Segundo a linha de tratamento isonômico aos pré-candidatos, o Portal Atitude entrevista o pretenso candidato ao senado, deputado Cesar Halum (PRB), em que defende, dentre outras coisas, maior representatividade das regiões sul, centro e Norte no Senado Federal. “Eu vou me apresentar para o candidato do Sul e trabalhar com ele no norte e espero que o outro companheiro de chapa que tenha desta região que também faça o mesmo”, defende Halum. Sobre a travessia da Ilha do Bananal o deputado denunciou que os índios estão sendo usados pela Funai por grupos que querem enriquecer. “Utilizam o índio como um instrumento de manobra deles, para enriquecimento pessoal deles, de favorecimento de grupos políticos”, considerou.
por Wesley Silas
Acompanhado com o presidente da Câmara de Dueré, vereador Delmiro Nunes (PROS), o deputado César Halum (PRB) está empenhado em divulgar suas qualidades pessoais como pré-candidato ao senador federal nas regiões sul e sudeste. De acordo com Halum ele tem conseguido apoio de lideranças expressivas nessas regiões, dentre elas o prefeito de Talismã, Diogo Borges.
“Eu acho que o político não tem o direito de querer escolher o que ele quer porque ele vive em função de um grupo político e este grupo é quem vai dando rumos ao seu futuro e a região norte se sente muito órfã de representatividade no cenário após a morte do senador João Ribeiro, pois já se fazem 04 anos da morte do senador que era de Araguaína, mas que representava o Estado do Tocantins com um trabalho, extremamente, municipalista”, justificou Halum ao explicar os motivos que ele escolheu dá um salto no Congresso Nacional.
Alianças regionais
Segundo Halum, primeiramente ele buscou consolidar apoio na sua região norte. Ele defende ainda a tese de que as três vagas ao senado devem ser representadas por nomes das regiões Norte, Centro e Sul.
“A região norte fez um movimento para ter um senador e vários nomes foram discutidos e ao final chegaram ao meu nome para que eu pudesse enfrentar este desafio. Eu preciso está bem dentro de casa para pedir votos do lado de fora e agora estou me apresentando nas regiões sul e sudeste mostrando o trabalho que temos e pedindo esta oportunidade para que eu possa fazer aquilo que eu tenho feito”, disse.
Halum faz questão de citar que passou por todos os degraus da política. Ele cita que foi vereador em 1988, foi prefeito de Araguaína, deputado estadual e presidente da Assembleia e deputado federal por dois mandados.
“Eu acho que aprendi muito para chegar no senador e não vou ser apenas mais um e vou botar para definir situações. Tenho boas relações de amizade e tenho transito com todos os segmentos do Tocantins e fora do Estado. Me preparei para isso e estou pronto e agora só depende das pessoas que vão fazer suas escolhas e eu quero ter apenas a oportunidade para mostrar o que eu sou, o que eu fiz e o que eu quero fazer”, considera.
Escola do senador João Ribeiro (in memorian)
Halum disse que o senador João Ribeiro, que faleceu em dezembro de 2013, vítima de uma doença rara, chamada de síndrome mielodisplásica (tipo de leucemia), foi um grande amigo e professor na sua trajetória política, desde quando foi vereador até alcançar o cardo de deputado Federal.
“Eu fui vereador junto com o João Ribeiro e líder dele na Câmara e nós tivemos uma amizade por todo este tempo até o dia do seu falecimento. Então eu sou desta escola e fui criado, politicamente, por ele e aprendi muito ao trabalhar com o João e hoje na região que eu represente tenho me fortalecido, graças a Deus, por causa disso e a cada eleição que passa a nossa votação aumenta porque eu aprendi a cumprir compromisso com o povo amigo. Agora estou pedindo uma oportunidade ao sul e sudeste para que eu possa fazer o mesmo”, defende.
Bairrismo
Vindo de uma região, extremamente, bairrista o deputado considera que no caso das disputa ao senado há diferença devido a necessidade de união das lideranças para viabilizar candidatura às duas vagas ao senado.
“Numa eleição majoritária o candidato do sul também precisa do voto do norte. Então, como são duas vagas ao senado, a chapa deverá ser formada por um candidato do Norte e outro do Sul. Eu vou me apresentar para o candidato do sul e trabalhar com ele no norte e espero que o outro companheiro de chapa que tenha desta região que também faça o mesmo. Um exemplo do João Ribeiro que, apesar de ser da região norte, conseguiu muitos recursos para a região Sul do Tocantins”, justifica.
Funai na Ilha do Bananal
Para Halum uma das maiores barreiras da implantação da travessia da Ilha do Bananal, ligando o Tocantins ao Mato Grosso é a manobra que a Funai e Incra têm feito envolvendo o índio e o meio ambiente.
“O projeto de travessia da Ilha do Bananal está pronto e o problema é com a área ambiental e todo mundo quer, mas quando entra a Funai no meio ela cria um problema. Eu participei na Câmara Federal da CPI do Incra e da Funai e denunciamos um monte de irregularidades que este povo tem. Utilizam o índio como um instrumento de manobra deles, para enriquecimento pessoal deles, de favorecimento de grupos políticos e estão indiciados centenas de pessoas e isso precisa ser resolvido e não podemos permitir que este tipo de coisa atrase o Brasil”, disse .
Agricultura familiar
Segundo Halum um dos primeiros debates que ele pretende defender á a universalização da recuperação do solo do Tocantins, pois segundo ele toda cadeia produtiva da agricultura do Estado está atrasa há mais de 20 anos em relação a vários outros estados do Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
“Precisamos resolver um problema sério que é a recuperação do solo do Tocantins devido termos um solo ácido e temos que combater isso e devemos distribuir calcário de ponta a ponta deste Estado. O Paraná fez isso há 40 anos, Mato Grosso fez há 30 anos e hoje são os maiores produtores de grãos do Brasil. Então, a agricultura familiar e o médio produtor precisam fazer um programa deste porque o calcário não é caro”, disse.
Segundo Halum a acidez da terra do Tocantins resulta na queda de produtividade dos plantios.
“No Mato Grosso e Paraná, para cada um hectare de milho plantado eles colhem 10 toneladas, enquanto, na agricultura familiar do Tocantins, para cada hectare de milho plantado nós colhemos duas toneladas, cinco vezes mesmo. Não temos calcário para neutralizar a acidez e permitir que a planta absorva o adubo e tenha uma produtividade maior”, concluiu.