Apesar de ser uma pessoa de virtude humilde reconhecida pelos moradores de Porto Nacional, o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia (PV), estava com baixa popularidade com os eleitores de Porto Nacional. Os motivos são vários, dentre eles a falta de pulso firme, somada a outras fraquezas de gestão como obras paradas, oposição articulada e forte, rejeição do cunhado Fernando Aires dos Santos, conhecido como Fernando Manduca, depois de passar a ser Secretário de Governo ditava as regras na Prefeitura, mas acabou sendo preso junto com três vereadores numa operação contra fraude em licitações de quando ele foi vereador no final de dezembro de 2018.
por Wesley Silas
Depois de tantos fatores negativos citados acima, a popularidade de Joaquim Maia começou a crescer devido sua atitude firme em defesa da ponte de Porto Nacional com direito a bate-boca com o governador Mauro Carlesse em cima da ponte por considerar a decisão intempestiva sem dar tempo preparar a população.
E, além do mais, ao contrário de muitas cidades como Gurupi, a oposição ao prefeito Joaquim Maia (PV) é muito bem articulada num cenário onde os Andrades continuam sendo bastante populares e Otoniel Andrade, até hoje, não aceita ter perdido a prefeitura. Para piorar a situação, alguns deputados que representa a cidade estão mais de olho nos seus próprios interesses político e nada melhor que que usar a ponte como ligação ao poder, dentre eles Vicentinho Júnior (PR) e seu pai, o ex-senador Vicentinho Alves (PR), o ex-deputado Paulo Mourão (PT), que apesar de ter ajudado na eleição de Maia, agora está sem mandato e pode virar contra para voltar ao poder em 2020. Nesta mesma linha estão os deputado Ricardo Ayres que apesar de ser “parceiro” também tem o sonho de ser prefeito de Porto Nacional, o deputado Valdemar Júnior (MDB) declarado como oposição ao prefeito e Cleiton Cardoso (PTC), que se diz parceiro do prefeito, mas, segundo aliados, quando está longe não poupa críticas.
Em meio a este entrevero político, Joaquim Maia tem ainda ameaça do seu vice Ronivon que indicou muitos servidores para trabalhar no município e, ao mesmo tempo trabalham contra o prefeito na intenção de lançar o vice a prefeito em 2020, devido a sua alta popularidade. Agora, Joaquim Maia personificou o sentimento dos portuenses e busca superar e recuperar, talvez por forças inconscientes, seus adversários da bandeira da ponte de Porto Nacional.
Impactados pela ponte…
Com a tragédia em Brumadinho, o discurso eleitoreiro retornou à ponte de Porto Nacional, principalmente, de algumas lideranças locais citadas acima com suas preocupações de poder longe do que imaginam muitos indignados moradores da Capital Cultural do Tocantins. São vários exemplo de pessoas que não estão sendo vista neste processo; mas, estão sendo lembradas pelo prefeito Joaquim Mais. Dentre elas estão as 949 famílias assentadas, muitas delas feirantes que moram nos 28 Assentamentos como o de Pinheirópolis com suas 72 famílias e Cabeceia Redonda com 106 famílias que precisam da ponte para fazer compras e até mesmo ser atendido na saúde pública de Porto Nacional. Assim como os trabalhadores do Frigorífico da cidade que necessitam da ponte, a Escola Brasil e moradores de Brejinho de Nazaré que tem Porto Nacional como cidade referência em saúde, educação e no comércio.
São problemas antigos que velhos poderosos políticos da cidade, inclusive os chegaram a indicar ministro de Transporte já tiveram tempo de ter resolvido para não chegar ao ponto que chegou, fazendo com que o Governo do Estado por pressão técnica e popular fosse obrigado a interditar a ponte de grande importância local, regional e estadual devido ela ligar também a região sul do Tocantins com a Capital.
Parece presságio, esta atual conjuntura faz lembrar a música “Em Tempo” do jornalista e professor universitário, Paulo Albuquerque gravada no ano de 2000. A música retrata bem a situação de hoje em meio ao tempo que passou e as preferências histórica de investimentos do Governo do Estado do Tocantins na Capital Palmas; numa visão em que o morador do interior se espelha bem no sentimento no refrão: “A ponte que nos liga não está nos planos do governo” […], “talvez [os interesses pelo poder e da] a Capital tenha roubado de você de mim”.