A reportagem do Portal Atitude buscou resposta junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sobre questionamentos gravados em um vídeos pelo motorista e morador de Colinas do Tocantins, Aurelino Pires, em que ele estranhou a recuperação de pavimento asfáltico, aparentemente, em boa conservação. “Eles cavam buraco para dizer que tem buraco. Isso aqui deve ser uma máfia”, reclamou.
por Wesley Silas
Um vídeo gravado pelo motorista e morador de Colinas do Tocantins, Aurelino Pires, tem tido grande repercussão nas redes sociais. Nele, Aurelino relata que no trecho na BR-153, próximo a cidade de Araguaína, uma empreiteira contratada pelo DNIT estaria realizando recuperação da rodovia sem necessidade, enquanto outros trechos necessitam da operação.
“Tem um serviço de reforma da estrada que na verdade não tinha nenhum buraco e estou aqui para mostrar […] Ele vêm com uma máquina especial, fazem buracos na estrada e depois tapam para dizer que a estrada estava péssima, ruim. Daqui até Colinas e depois de Colina não tem nenhum buraco […] Isto daqui deve ser uma máfia e só pode ser um trem deste e eles fazem os buracos”, relata o morador no vídeo abaixo.
Massa asfáltica trincada
Em nota enviada ao Portal Atitude o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que os serviços que estão sendo realizados na rodovia BR-153/TO, entre as cidades de Araguaína e Colinas do Tocantins, ocorre devido o pavimento apresentar “trincamento em áreas localizadas, é efetuada a correção desta patologia, substituindo a massa asfáltica trincada por massa asfáltica nova”, disse.
O DNIT explicou que esta ação deve ser efetuada porque o pavimento é um sistema em camadas, composto por camadas de solo e camada de concreto asfáltico, sendo que uma das funções da camada de concreto asfáltico é justamente impermeabilizar o pavimento.
“Quando este pavimento começa a apresentar fissuras, em função da ação dos veículos, principalmente veículos de carga, a água da chuva entra no pavimento por estas fissuras gerando buracos, o que pode causar acidentes”.
“Desta forma, visando a segurança e o conforto dos usuários das nossas rodovias federais, o DNIT retira o pavimento fissurado, por meio de um processo conhecido como fresagem, e recompõe o pavimento com nova massa asfáltica, que é justamente o processo apresentado no vídeo encaminhado pelo usuário. É por ações como esta que a rodovia BR-153/TO entre estas cidades está em boas condições de trafegabilidade”, explicou o DNIT.