Passados, praticamente, dois meses em que a justiça deu 180 dias para que a Prefeitura de Gurupi promover a devida acessibilidade nas vias públicas da cidade e dois anos após a justiça ter também determinado aos moradores do Centro de Gurupi implantarem acessibilidade nas calçadas com piso tátil para deficientes visuais, por outro lado a BRK implanta o esgoto destruindo o que foi feito e deixa calçamento, praticamente, sem acessibilidade. “É um desrespeito. Essas calçadas foram trocadas recente por imposição do poder público e agora danificam”, disse advogada Drª Juçara Rego Andrade.
por Wesley Silas
Em julho de 2017, ao implantar a rede de esgoto no Centro de Araguaína, a BRK Ambiental executou 65.255,30 metros de calçadas com a supervisão da Prefeitura Municipal de Araguaína dentro das normas com blocos intertravados e centro-guias para garantir a acessibilidade aos deficientes físicos, visuais e idosos.
Em Gurupi, a situação tem sido completamente diferente e tudo indica que não houve nenhuma negociação para que a empresa oferecesse alguma contrapartida aos problemas que agride a urbanidade em Gurupi. Conforme a advogada Drª Juçara Rego Andrade, os transtornos que a empresa tem causado acontecem sem que haja nenhum comunicado às pessoas impactadas com a obra e sem seguir as normas de acessibilidade na reconstrução do calçamento.
“Após o município ter obrigado muitas pessoas a fazerem calçadas com acessibilidade e com centro-guias. Agora, sem nenhuma notificação, a BRK começa a quebrar tudo em plena segunda-feira pós feriado prolongado”, reclamou a advogada.
“Eles quebraram dos dois lados da Avenida Maranhão, deixando os pedestres sem condições de locomoção neste trajeto. As pessoas estão revoltadas, como um odontólogo que tinha cirurgias marcadas para hoje e a BRK interditou a via sem nenhuma notificação prévia. Algumas calçadas foram feitas com cerâmicas de qualidade que dificilmente vão repor a contento”, completou.
A advogada informou ainda que chegou a ligar no Ministério Público e uma funcionária teria afirmado que “não existe nenhuma reclamação referente a esse assunto” no órgão, apesar da diversas reclamações da sociedade repercutidas nos veículos de comunicação.
Centro de Convenção Mauro Cunha
Segundo a advogada, a obras de esgoto segue na direção do Centro de Convenção Mauro Cunho que deverá também ter o calçamento, recém inaugurado, destruído e dificilmente será recomposto no mesmo padrão. “Devem quebrar inclusive a calçada recém feita do Centro Cultural”, alertou.
Conforme a advogada, Drª Juçara Rego Andrade, o responsável pela obra chegou a informar que teria avisado sobre o fechamento da via.
“Ele disse que avisou; mas avisou para quem? Pedi que ele [representante da BRk] que me apresentasse qualquer notificação e ele respondeu apenas que era coisa rápida sem nenhum transtorno”.
Normas de acessibilidade
Conforme já foi noticiado exaustivamente em matérias veiculadas neste Portal de Notícias, um dos muitos problemas que a BRK Ambiental tem deixado nas portas das casas dos gurupienses são a recomposição de calçamento sem as normas de acessibilidade, destruição da pavimentação asfáltica e fala de água devido aos constantes rompimento em tubulações e interdição de ruas e avenidas sem dar publicidade, onde a empresa sempre rebate que tem comunicado a “diversas instituições do município, além de publicação de releases (sugestão de matérias jornalísticas para jornais) e entramos em contato com alguns canais de comunicação do município”, disse o responsável pela Operação da BRK Ambiental em Gurupi, Álem Felipe da Silva em entrevista ao Portal Atitude veiculada há dois meses.