Após um desempenho fraco nas eleições municipais, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) está considerando formar federações para reforçar sua relevância no cenário político nacional. Este movimento se insere em um contexto mais amplo de reestruturações dentro do espectro político brasileiro, com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) também buscando novas alianças. No Tocantins, o PDT é comandado pelo vice-governador, Laurez Moreira e o PSDB pela prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro.
Por Wesley Silas
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reconheceu em entrevista à revista VEJA a possibilidade de dialogar com o PDT sobre uma possível federação: “Podemos conversar, mas essa será uma das tarefas da próxima direção”, afirmou, apontando para as futuras direções partidárias que serão eleitas em junho de 2025.
Paralelamente, o presidente interino do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, revelou que há diálogos em andamento com o PSDB. Exemplo desse apoio estratégico ocorreu no Rio Grande do Sul, onde Juliana Brizola, neta de Leonel Brizola, obteve uma expressiva votação em Porto Alegre com o suporte do governador tucano Eduardo Leite, conquistando o terceiro lugar no primeiro turno com quase 20% dos votos.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) também mantém conversas com o PDT, dando seguimento a um processo iniciado após o arrefecimento das negociações de uma federação PSB-PT, que antecederam a formação da aliança eleitoral que elegeu Geraldo Alckmin como vice-presidente de Lula em 2022. Após as eleições municipais, essas discussões retomaram força, sinalizando um período de intensas negociações políticas no país.
Fonte: Revista Veja