Para o senador, a ausência do ministro presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, prejudicou o debate pela falta do contraditório, porque os senadores ficaram sem a exposição de motivos que levaram o relator, Augusto Nardes, a anunciar o voto pela rejeição das contas. “Mas o TCU não é o órgão auxiliar do Senado?”, questionou ao saber que o presidente não aceitara o convite, e classificou de oportunismo em busca de luminosidade, numa alusão a um jogo de cena para a oposição – que quer a rejeição das contas – e a mídia que abre espaço para o palanque da oposição.
“Estou convencido com as explicações dos ministros e acredito que podemos chegar a um consenso”, concluiu o parlamentar petista, confiando que as contas possam ser aprovadas porque estão dentro das regras estabelecidas e que, caso modifiquem a metodologia de avaliação das contas, que seja regulamentada a partir do legislativo, no que foi acompanhado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que pediu também que o próprio Senado Federal faça a sua autocrítica. “Todos estão certos ou todos estão errados, mas a regra não pode ser mudada com cunho retroativo”, concluiu.
O ponto polêmico do relatório do TCU sobre a aprovação das contas da presidenta Dilma Rousseff referente ao exercício de 2014, é o entendimento sobre o método das contas flutuantes de subsídios sujeitos a constantes variações. O próprio ministro Luís Inácio Adams, da AGU, afirmou que sempre houve respeito ao TCU, mas que há jurisprudência nesse procedimento, mas que se houver mudança da regra, esta será obedecida, argumentando que fazer isso agora é casuísmo e gera o efeito de insegurança jurídica.