Para comemorar novas pistas para ciclista, nada melhor que percorrê-las. E foi assim que grupos de ciclistas, atletas profissionais e amadores percorreram 12 km, em um trecho que sai do Parque Cesamar até a Praia da Graciosa, na manhã deste sábado, 17.
por Malena Mota
O prefeito Carlos Amastha também participou desta comemoração, e ao final, fez questão de ouvir dos participantes as sugestões sobre o esporte na Capital, no intuito de melhorar e cada vez mais incentivar a prática do ciclismo na cidade.
Palmas, que antes possuía 19 km de ciclovias, passa a contar com 24,23 km concluídos, sendo que há ainda 95,24 km em construção, distribuídos em diversas regiões da Capital. A arquiteta e especialista em Mobilidade, Joseísa Furtado, explica: “Estão sendo entregues novos 4.68 km de ciclovias, cujos trechos estão distribuídos entre as avenidas NS-15 (entre as avenidas LO-05 e JK), JK (entre a UFT e o Capim Dourado Shopping), LO-13 (entre as avenidas Teotônio Segurado e NS-01) e NS-04, saindo do Cesamar até a Av. LO-13”.
A técnica também destacou que mais de 90 km de ciclovias ainda estão em construção. “Encontram-se em obras o trecho da Av. LO-05, entre as avenidas NS-15 e NS-01, com 2.46km; e ainda, mais 95,24km no entorno de quadras residenciais na região central de Palmas. Assim, teremos um total de 121,93 km de ciclovias em Palmas”, frisou a arquiteta.
A educadora Kizzy de Morais, que há dois anos participa de um grupo de ciclismo na Capital, levou algumas demandas ao gestor, com vistas a formar ciclistas conscientes, e também buscando a segurança daqueles que já praticam o esporte. “Queremos formar pessoas conscientes para respeitar o ciclista, e também que o ciclista tenha confiança de que seus direitos serão respeitados, com campanhas educativas, principalmente, nas escolas”, ressaltou a educadora.
A triatleta, Paula Rovani, que utiliza as ciclofaixas para treinar para as competições de triatlo, avaliou o encontro como positivo, principalmente porque foi possível ouvir as necessidades de vários grupos de pedais. “Essa reunião englobou vários grupos de ciclismo, pois as necessidades, quando se trata de ciclista, são distintas. Há pessoas que precisam de ciclofaixas para passear, para trabalhar e outros para treinar. Todos esses grupos estavam aqui representados e apresentaram suas demandas. A expectativa é que traga resultados para todos, e o prefeito aqui junto conosco teve uma percepção direta dos nossos anseios”, ressaltou a triatleta.
Já o Thiago Lima Castro, de 11 anos, que acompanhado do avô, José Roberto, utiliza as ciclovias para o lazer nos finais de semana, ressaltou a segurança que estas proporcionam. “Antes eu pedalava com o meu avô na rua mesmo, e ficava com muito medo, agora podemos fazer o percurso com mais segurança”, enfatizou Thiago, que também percorreu o trecho na manhã deste sábado, juntamente com seu avô.
Dentre as demandas sugeridas pelos grupos de ciclismo e atletas ao gestor, para que sejam avaliadas, e posteriormente implantadas, os ciclistas solicitaram que fosse criada, seguindo o modelo de outras Capitais, uma lei de Avaliação e Proteção ao Ciclista, a qual determinaria alguns horários e locais específicos para a prática de ciclismo. Além disso, solicitaram horários especiais para fechamento da Avenida Theotônio Segurado, no lado Norte, e campanhas educativas nas escolas. Ao final, foi acertado um novo encontro no final de janeiro.
Encerrando o encontro, o gestor ressaltou a importância de ouvir as pessoas que são usuárias das ciclovias e ciclofaixas, pois, segundo avaliou, é a melhor maneira de realizar um trabalho que traga efetivamente segurança e bem-estar para este grupo. “É muito importante vir para dentro do problema, e ver as possíveis soluções. Não podemos fazer simplesmente o que achamos, sem ter o retorno das pessoas que são efetivamente impactadas, e esses 12 km de passeio já nos dão satisfação.Essa conversa aqui com os ciclistas foi importante, pois agora sabemos claramente quais são seus problemas, e vamos trabalhar focados para solucioná-los.”, finalizou Amastha.