A Funerária Santo Antônio , responsável por administrar o cemitério São José, conhecido como cemitério Novo, foi autuada pela fiscalização de Meio Ambiente, da Prefeitura de Gurupi, por promover várias focos de queimadas dentro do local.
A administração dos cemitérios de Gurupi tem sido nos últimos anos motivo de demandas judiciais devido ao não cumprimento da Constituição Federal, pois, segundo denuncias do Ministério Público o contrato entre a Funerária Santo Antônio (Caetano e Penha Ltda) e a Prefeitura foi feito sem prévia licitação, o que configura improbidade administrativa.
Na tarde desta quarta-feira, 18, a fumaça tomou conta dos túmulos funcionários da empresa promover queimadas de galhos e lixos dentro do cemitério.
Segundo a Fiscal de Meio Ambiente, Ângela Maria, a empresa chegou a ser notificada para não provocar queimadas dentro do cemitério, mas, mesmo assim não obedeceu.
“Eles já foram notificados para não realizarem a queimada e sim removessem os galhos para outro lugar; mas, eles não providenciaram a retirada e queimaram hoje. Agora nós vamos lavrar o ato de infração contra a funerária Santo Antonio, pois são eles os responsáveis pelo cemitério”, disse Ângela Maria.
Já no início da noite de hoje, a reportagem do Portal Atitude flagrou focos de queimadas nas margens do córrego Mutuca.
Alerta sobre queimadas
Em alerta sobre queimadas, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, informou que Tocantins já ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de queimadas com 719 focos de calor, os números foram registrados de janeiro até a última terça-feira, 16, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
“Nos último cinco dias, de 12 a 16 de maio, foram registrados 50 focos de calor o que fez com que o Estado ocupasse o primeiro lugar no ranking para o período. De janeiro até a última terça-feira, Lagoa da Confusão, ocupa a quarta posição nacional com 111 focos”, informou a Defesa Civil.
O coordenador da sala de situação, major Cássio Pedro, explica que é necessário que a comunidade se conscientize. “Atear fogo gera problemas para a saúde, piora a qualidade do ar e ainda pode gerar danos ao patrimônio”, advertiu o major.
O coordenador explicou ainda, que geralmente os focos de incêndio ocorrem em terrenos baldios da zona urbana e em pastos de pequenos produtores da zona rural.
De acordo a Lei 9.605/98, que trata dos Crimes Ambientais atear é fogo em áreas urbanas e de proteção ambiental é crime e pode gerar multas e penas restritivas de liberdade. As denuncias podem ser feitas por meio dos telefones 193, do Corpo de Bombeiros Militar e 199, da Defesa Civil Estadual. (Com informações do Corpo de Bombeiros Militar).