Na manhã desta sexta-feira (18), a Prefeitura de Gurupi por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social realizou uma caminhada com panfletagem sobre o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes”. Com a participação de crianças e adolescentes o ato contou com apitaço para chamar atenção da comunidade sobre o problema e percorreu a Avenida Goiás, principal via comercial da cidade.
por Redação
O tema da campanha esse ano é: “Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater”. O Secretário Municipal do Trabalho e Assistência Social, Silvério Taurino (Dida Moreira), disse que é fundamental chamar a atenção da comunidade quanto à importância do tema. “É uma mobilização nacional que tem o objetivo de impactar as pessoas e conscientizá-las a combater esse mal que é o abuso contra crianças e adolescentes, o objetivo é unir forças e fazer com que a comunidade faça sua parte denunciando”, afirmou o secretário.
Segundo a Elvira Alessandra, Coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), o município hoje atende 45 crianças e adolescentes em situação vulnerável, vítimas de algum tipo de violência, na sua maioria abuso sexual. 23 delas são assistidas no CREAS, onde as crianças ainda têm o vínculo familiar e 19 no Abrigo Institucional de Acolhimento de 0 a 18 anos (Casa de passagem), onde os acolhidos perderam o vínculo familiar por determinação judicial.
“Esse trabalho preventivo é feito durante todo o ano, mas ele foi intensificado em alusão ao Dia Nacional de combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. Cada município escolheu a sua forma de trabalho e divulgação, e em Gurupi optamos pela caminhada com panfletagem para chacoalhar a população e mobilizar quanto à garantia dos direitos da criança e do adolescente”, disse Elvira Alessandra, que lembrou ainda que neste mês haverá palestras nas escolas municipais e estaduais sobre o tema.
Participaram da ação a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação e o Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (SAVIS).
18 de Maio
Esse dia foi escolhido porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime barbado chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.
Disque 100
O Disque Direitos Humanos, ou Disque 100, é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Trata-se de um canal de comunicação da sociedade civil com o poder público, que possibilita conhecer e avaliar a dimensão da violência contra os direitos humanos e o sistema de proteção, bem como orientar a elaboração de políticas públicas. (Fernando Vieira)