De acordo com o delegado da 1ª Delegacia de Polícia de Gurupi, Fábio Augusto Simon, depois de 12 horas de depoimentos e duas acareações as oitivas sobre as denúncias de maus-tratos em crianças do Berçário e Creche Carinho de Mãe continuará nesta sexta-feira.
“A investigação vem do mês passado para cá. Houve denuncias nos Direitos Humanos em Brasília, depois chegou no Conselho Tutelar de Gurupi e em seguida foi aberto procedimento no Ministério Público e aqui, na Polícia Civil, começamos a levantar mais documentos”, disse Augusto Simon.
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Durante todo o dia alguns pais de crianças da creche estiveram na 1ª Delegacia de Polícia de Gurupi depondo em defesa da idoneidade da proprietária da creche.
“Diante o que o meu filho tem de afetividade em relação a instituição eu não posso deduzir que possa ter algum tipo de maus-tratos e, se isso aconteceu, antes de emitir qualquer opinião a favor ou contra nós temos que esperar averiguação dos fatos. É depois disso que vamos saber se houve maus-tratos; mas, por enquanto diante do que eu vivo e vejo não tem nem sequer escoriações e nada. Pelo contrário só relação de afetividade com o meu filho com a instituição”, disse o pai de uma das crianças da Creche, Virgilio Lourenço.
De acordo com o delegado existem quatro testemunhas fundamentais no inquérito e que hoje foram ouvidas testemunhas e mães. Informou ainda que as oitivas continuarão nesta sexta-feira e garantiu que o caso está sendo levado com total imparcialidade por parte da Polícia Civil . Após ser ouvida pela polícia o Portal Atitude tentou ouvir uma das testemunhas, que preferiu não dar entrevista.
“Não queremos tecer detalhes para não atrapalhar. Não posso dizer que houve tortura, mas estamos investigando para chegar a uma conclusão e apontar para que o Judiciário decida. Não estamos para acusar, mas para demonstrar os fatos. Indícios têm, tanto é que a juíza decretou a prisão”, disse o delegado.
Diante a grande repercussão do caso, o delegado evitou falar sobre os depoimentos. “Tem vários fatos que eu não quero falar agora porque tem algumas coisas que a gente fala e as pessoas começam a interpretar mal. É o que você imaginar o que seja maus tratos”.
O delgado informou ainda que a advogada de Alessandra Alencar entrou com pedido de relaxamento de prisão, mas enquanto a juíza não decidir a acusada ficará presa da Casa de Prisão Feminina de Figueirópolis.